Manifestação estendeu a greve por mais uma semana
Professores e funcionários da rede estadual de ensino de São Paulo decidiram, nesta sexta-feira (12), manter a greve iniciada na última segunda (8). Cerca de 40 mil profissionais participaram da assembleia — que fechou parte da Avenida Paulista, uma das mais importantes da capital paulista. Segundo a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo), 80% do magistério está paralisado.
Após a assembleia, os professores saíram em passeata até a Praça da República, na região central da cidade, onde realizaram protesto em frente à Secretaria de Estado da Educação aos gritos de "Fora, Serra". A categoria denuncia a inflexibilidade do governador José Serra nas negociações e protesta contra a política educacional no estado.
“É uma honra muito grande dizer 'não' ao autoritarismo do governo de São Paulo. Esta foi uma semana de teste que Paulo Renato (Souza, secretário da Educação) e Serra quiseram fazer conosco”, afirmou a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha.
Além de negar dialogar com a categoria, o governo tucano vai cortar o ponto dos manifestantes e impedi-los de receber bônus de desempenho. A Secretaria da Educação tem constrangido professores que pretendem participar da greve, bem como proibido que se ingresse nas unidades para divulgar o movimento. Apesar das ameaças, nova assembleia está marcada para sexta-feira (19), no vão do Masp, na avenida Paulista, a partir das 14 horas.
As principais reivindicações da categoria são o reajuste salarial de 34,3%; suspensão da avaliação de mérito e das provas dos ACTs; a incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; plano de carreira; garantia de emprego; revogação das leis discriminatórias ao professor; e concurso público de caráter classificatório.
“(Serra) É pior que (o ex-prefeito e ex-governador Paulo) Maluf. A maior revolta é pela propaganda enganosa que está na TV falando de dois professores em sala de aula e informática, que não existem", acusa Benedito Chagas, diretor estadual da Apeoesp.
Alunos da rede pública também participaram da manifestação. “A infraestrutura das escolas está ruim. Não há dois professores por sala de aula e sempre temos aulas vagas porque falta professor”, disse integrante de grupo de alunos do Jardim Ângela, bairro da zona sul de São Paulo.
Segundo Carlos Ramiro de Castro, diretor da Apeoesp, os professores só retomam as atividades se houver negociação por parte do governo do estado. "Esta greve já começou com volume. É uma queda de braço com o governo, e só voltamos se houver negociação e atendimento às nossas reivindicações", diz.
Cenário desolador
Um professor de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental tem salário-base de R$ 785,50, na jornada de 24 horas semanais. Já na jornada de 40 horas semanais, o valor passa para R$ 1.597,55 (menos de três salários mínimos). Para o corpo docente que leciona para alunos da 5ª a 8ª série e no Ensino Médio, o salário-base é R$ 909,32 e R$ 1.834,85, respectivamente, para 40 horas semanais.
A rede de São Paulo conta com mais de 220 mil professores e 5 milhões de alunos. Segundo a Apeoesp, os professores que compõem o comando de greve estão visitando as escolas para conversar com pais, alunos e professores, explicando o porquê da paralisação.
“É uma honra muito grande dizer 'não' ao autoritarismo do governo de São Paulo. Esta foi uma semana de teste que Paulo Renato (Souza, secretário da Educação) e Serra quiseram fazer conosco”, afirmou a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha.
Além de negar dialogar com a categoria, o governo tucano vai cortar o ponto dos manifestantes e impedi-los de receber bônus de desempenho. A Secretaria da Educação tem constrangido professores que pretendem participar da greve, bem como proibido que se ingresse nas unidades para divulgar o movimento. Apesar das ameaças, nova assembleia está marcada para sexta-feira (19), no vão do Masp, na avenida Paulista, a partir das 14 horas.
As principais reivindicações da categoria são o reajuste salarial de 34,3%; suspensão da avaliação de mérito e das provas dos ACTs; a incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; plano de carreira; garantia de emprego; revogação das leis discriminatórias ao professor; e concurso público de caráter classificatório.
“(Serra) É pior que (o ex-prefeito e ex-governador Paulo) Maluf. A maior revolta é pela propaganda enganosa que está na TV falando de dois professores em sala de aula e informática, que não existem", acusa Benedito Chagas, diretor estadual da Apeoesp.
Alunos da rede pública também participaram da manifestação. “A infraestrutura das escolas está ruim. Não há dois professores por sala de aula e sempre temos aulas vagas porque falta professor”, disse integrante de grupo de alunos do Jardim Ângela, bairro da zona sul de São Paulo.
Segundo Carlos Ramiro de Castro, diretor da Apeoesp, os professores só retomam as atividades se houver negociação por parte do governo do estado. "Esta greve já começou com volume. É uma queda de braço com o governo, e só voltamos se houver negociação e atendimento às nossas reivindicações", diz.
Cenário desolador
Um professor de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental tem salário-base de R$ 785,50, na jornada de 24 horas semanais. Já na jornada de 40 horas semanais, o valor passa para R$ 1.597,55 (menos de três salários mínimos). Para o corpo docente que leciona para alunos da 5ª a 8ª série e no Ensino Médio, o salário-base é R$ 909,32 e R$ 1.834,85, respectivamente, para 40 horas semanais.
A rede de São Paulo conta com mais de 220 mil professores e 5 milhões de alunos. Segundo a Apeoesp, os professores que compõem o comando de greve estão visitando as escolas para conversar com pais, alunos e professores, explicando o porquê da paralisação.
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