de Brasília – O GLOBO
Briga no ninho Tasso Jereissati é peça chave para a já difícil candidatura Serra.
Mas o senador, esta semana, perdeu a paciência, numa reunião com o candidato.
Aécio é fofo Outro que tem ajudado muito o Serra é o Aécio.
É tão comovente esse apoio, que até o ministro Carlos Lupi, vendo esse amor todo na festa de Tancredo, não resistiu e caiu em prantos.
Gozado como esses políticos do Rio choram à toa. O filme do Lula já saiu de cartaz, mas o Eduardo Cunha continua chorando.
Até tu, Seligman? O ex-ministro Milton Seligman, unha e carne com Serra, encontrou-se com a Dilma no camarote de Cabral, no carnaval.
Encantou-se: Nunca vi pessoa mais sedutora.
Claro, ele só anda com Serra.
Quer dizer, andava.
Maldade Por tudo isso que vocês leram aí ao lado, dá para entender o “Penso, logo hesito” do governador de São Paulo.
O drama de Serra, aliás, foi objeto de uma conversa, esta semana, de um grande analista político com FH.
O analista fez um balanço das idas e vindas, das vitórias e derrotas de Serra: — E agora este homem vai trocar uma reeleição segura por uma derrota mais segura ainda, entregando o governo do estado para o Geraldo Alckmin, que, quando for visitado por ele no Palácio, não vai servir-lhe nem cafezinho.
E FH, mais afiado do que nunca: — Café, ele serve. Não serve uísque!
Cobrindo o déficit A propósito, Dilma me disse que o forte do seu governo será a construção de milhares de creches pelo país.
Dilma, querida, não leve muito a sério o que dizem por aí do FH. A turma exagera.
Uma entrevista de ficção com a alma de Serra Serra é um notívago. Sua alma vaga pela noite. Consegui conversar com a alma do indecifrável candidato. Atenção: esta é uma entrevista de ficção, tirem as crianças da sala ou as mãos delas do jornal.
— Por que esta demora na definição? — Não há demora. Lula antecipou a sucessão, lançando a Dilma candidata, para que ele pudesse falar por ela. A agenda eleitoral não é determinada pela vontade de Lula. É pela lei.
— E por que o senhor não entrou nesse jogo? — Era tudo o que o Lula queria. Aí ele iria debater com o candidato da oposição para o povo pensar que a disputa era com ele. Eu não falo pelo meu corpo, mas acho que não me interessaria me colocar como candidato contra o Lula. Se eu for candidato, serei candidato contra a Dilma. Quero debater com a Dilma, comparar meu currículo e experiência com a Dilma.
— E o senhor não pode fazer isso agora? — Não, porque aí o presidente vai querer bater boca com o governador de São Paulo. E isso não é bom. Quando eu for investido, se for investido, da condição de candidato, e o presidente tentar debater comigo, terei argumentos para dizer que candidato não bate boca com presidente da República.
Candidato enfrenta candidato, debate com candidato.
Dono do pedaço Serra, no jantar de terça em que tentou convencer Aécio a ser seu colega de chapa, prometeu: — Se eu ganhar, você não será um simples vice-presidente.
Qual a vantagem? Nenhuma.
Serra ainda vai lutar — e muito — para assumir o posto 10 do poder.
E Aécio, há muito tempo, já é dono do posto 9.
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