O Conversa Afiada reproduz artigo de amigo navegante:
A Folha de S. Paulo (*) acaba de cometer mais um desatino na sua cruzada para proteger e defender o governador José Serra.
Dessa vez rasgou literalmente o manual de redação com tanta displicência, pegou tão pesado, como se diz hoje em dia, que é difícil acreditar que o jornal tenha chegado a esse ponto.
Vamos lá:
Nos últimos meses, o jornal vinha dando uma nítida trégua ao governador de Minas, na expectativa de que ele viesse a se transformar no vice dos sonhos dos paulistas.
No entanto, no dia 3 de março em sessão do Congresso Nacional, o governador de Minas reagiu à pressão de parte do partido e de parte da mídia e deu uma declaração final sobre o tema e disse que não vai ser empurrado para a vice.
Foi o bastante!
Na edição do dia seguinte, dia da inauguração da nova sede do governo de Minas, a Folha(*) de São Paulo trouxe uma chamada de capa com o título: “Nova sede do governo de MG é um desastre”.
O título afirmativo está na parte superior do jornal ao lado de outras chamadas. Como num ato que enterra qualquer resquício de ética jornalística, sonegou na edição nacional, que circulou em todo o país, a informação na capa de que se tratava de um artigo de opinião.
Ou seja, quem leu o jornal ficou com a impressão de que a afirmativa era fruto de uma apuração jornalística da Folha(*).
Provavelmente com medo da opinião mais crítica de São Paulo, o jornal não teve coragem de fazer o mesmo na edição que circulou no estado, onde a mesma chamada de capa circulou sob a marca de opinião – veja aqui os links, para assinantes, para as duas capas: Edição Nacional e a Edição São Paulo.
Em tempos de Haiti e Chile, abri o jornal procurando o desastre anunciado com tanto destaque na capa. Fiquei pasmo.
A chamada se referia apenas a um artigo de opinião assinado pelo arquiteto paulista Fernando Serapião.
Li com atenção o texto que, confesso, me pareceu até engraçado, em algumas passagens.
De resumo, fica a impressão de que o arquiteto não gosta do Niemeyer.
Reconhecendo a minha ignorância, fui à internet pesquisar quem era esse grande arquiteto cuja opinião a Folha(*) considerava tão importante a ponto de lhe oferecer até a chamada de capa e de dispensar a apresentação de outras opiniões sobre o tema.
Fiquei novamente pasmo.
A crer no que está disponível na internet, não consegui encontrar nenhum projeto relevante atribuído ao arquiteto cuja carreia parece ter sido construída apenas como crítico dos trabalhos alheios.
Até aí tudo bem, críticos são importantes.
Mas o esforço da Folha(*) em criar dificuldades para Aécio não terminou ao publicar um texto agressivo, de um autor sem expressão.
A Folha(*) foi bem mais longe.
Primeiro, sem nenhum escrúpulo alterou a frase do artigo em questão que dizia que a Cidade Administrativa era, na opinião dele, “um desastre urbanístico”.
Ao tirar o urbanístico, o jornal obviamente alterou o sentido da afirmação.
No afã de atacar Aécio e proteger Serra o jornal não se incomoda nem de cair em contradição com relação aos pontos de vista que defende.
Em uma passagem do curioso artigo do arquiteto Serapião, ele menciona que “o arquiteto e o calculista afirmam que ele é “o maior edifício suspenso do mundo”. E daí? Eles se vangloriam como se o ineditíssimo técnico fosse de suma importância para o futuro da humanidade”.
No entanto não é essa a opinião que o jornal costuma ter dos aspectos construtivos das obras feitas pelo governador Serra.
Recentemente, quando da inauguração da ponte inaugurada por Serra e que num gesto de delicadeza foi batizada de Otávio Frias (que fofo!) foi saudada na capa do jornal o “NOVO CARTÃO POSTAL” paulista e anotou em página interna que o “Projeto único coloca nova construção em grupo com destaque internacional”. (Link pra assinantes aqui).
Nem uma linha sobre o preço da obra, as dúvidas sobre a localização, o prazo de execução etc, etc….
Para a Folha(*) quando o marco arquitetônico é feito em Minas, é algo risível.
Mas quando é
Já pensou se o maior prédio suspenso do mundo fosse obra do Serra?
E se chamasse Otávio Frias?
Paulo Henrique Amorim
(*)Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é ; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
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