segunda-feira, 22 de março de 2010

Perto do fim, governo Serra enfrenta onda de protestos e greves


A menos de um mês de sua provável desincompatibilização do governo paulista para se candidatar à Presidência da República, o tucano José Serra enfrenta uma série de protestos do funcionalismo público estadual. O desgaste do governador é explícito entre profissionais de pelo menos duas áreas — educação, saúde e segurança pública. São novos itens na lista de problemas que têm cercado a pré-candidatura tucana.


O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse que o funcionalismo público paulista está se mobilizando para realizar greves e que por trás disso há conotação política.

Segundo ele, os funcionários públicos "estão loucos para entrar em greve".

Questionado sobre a possibilidade de conotação política nas possíveis greves, Serra disse que isso é normal. "O pessoal ligado à oposição sempre está por trás. Greves sempre tiveram conotação política."

Enquanto isso...


Servidores da saúde de SP convocam greve de 48 horas

Os trabalhadores da saúde do Estado de São Paulo anunciaram uma paralização de 48 horas nessa segunda-feira (22). Durante a semana, devem ser realizados atos nos hospitais e unidades de saúde para avaliar uma possível greve por tempo indeterminado.

A decisão foi tomada em assembleia com a participação de 700 servidores, na quadra do Sindicato dos Bancários, na região da Sé. A principal reivindicação da categoria diz respeito ao projeto de lei que regulamentava o aumento da categoria deveria ter sido encaminhado à Assembleia Legislativa, porém permanece parado na Comissão de Política Salarial do governo.

Na prática, isso significa que o reajuste não será votado neste ano, segundo Helcio Aparecido, secretário-geral do SindSaúde. "O processo de negociação é monossilábico. O governo não mostra o orçamento, só fala que não há verba suficiente para o aumento. Somente o sindicato negocia e propõe", desabafa Aparecido.

Para o dia 31 de março está programado um protesto bem humorado chamado de "almoço de gala". A proposta é tentar pagar uma refeição com R$ 4, o valor que os servidores recebem de vale-refeição desde 2000.

Desde o dia 5 de março, os trabalhadores estão em estado de greve e reivindicam aumento salarial, reestruturação dos planos de carreira, aumento do vale-refeição para R$ 14. Eles ainda opõem-se à terceirização do setor, por meio da transferência da gestão de unidades para organizações sociais.

A Próxima assembleia será realizada no dia 31 de março em frente à Secretaria Estadual da Saúde, na região do Hospital das Clínicas (bairro Cerqueira César).


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