quinta-feira, 15 de abril de 2010

PROFESSORA CRITICA FALA DE AGRIPINO




O Senador José Agripino Maia (DEM-RN), ao conceder uma entrevista ao jornal Tribuna do Norte (11/04/2010), respondeu à pergunta sobre a capacidade de transferência de popularidade do Presidente Lula à ex-ministra Dilma Rousseff afirmando que há uma diferença entre exercer a função administrativa de Ministério e ter o apoio político, (como administradora) de um presidente que goza de grande popularidade. Segundo o senador, dificilmente o presidente Lula transferirá sua popularidade a Dilma, por maior que seja seu prestígio, porque “só se consegue transferir votos ou a capacidade eleitoral para alguém que tenha capacidade para receber esses votos”. Por mais que um líder popular deseje transferir seus votos é muito difícil que isso aconteça quando o candidato não possui essa “capacidade” e é isso que ocorre com “uma candidata como Dilma”. Segundo Agripino Maia, em seus primeiros passos na condição de candidata, Dilma “não mostrou muita habilidade política”. Ter ido a Minas Gerais “em busca demagogicamente do voto mineiro”, ter ido ao túmulo de Tancredo Neves, que não teve o apoio do PT (porque o partido era contra eleições indiretas, vale salientar) e sair “pregando o voto Anastadilma”, tudo isso é a prova, para o senador do DEM, que Dilma deu “uma rateada política” em sua primeira “primeira investida na campanha sem a companhia de Lula”.

(...)

Porém, o que chama a atenção na entrevista é que, ao final, José Agripino faz a seguinte indagação: “Quem é que pode me assegurar que esse não vai ser o comportamento de uma candidata que não está suficientemente adestrada para ser candidata a presidente da República”? Para o senador “É preciso que um candidato reúna condições para receber a disposição do líder popular em transferir os seus votos”.

É de se indagar:

1) o que o senador José Agripino quis dizer com o termo “adestrada”?

2) o senador usaria o mesmo adjetivo caso se tratasse de um candidato do sexo masculino?

3) José Agripino colocaria em dúvida, o “comportamento”, a “capacidade” e a “habilidade” de um eventual candidato, ao invés de uma candidata?

4) Qual seria a resposta a essas questões, de um senador que ajudou a eleger a prefeita de Natal e agora tem como candidata a governadora a senadora Rosalba Ciarlini? Um senador que representa um estado, como raros no Brasil, a ser governado duas vezes por uma mulher, Vilma de Faria, que, inclusive, já foi prefeita mais de uma vez e que agora compete com ele a uma vaga no Senado da República.

Leia mais...

Nenhum comentário:

Marcadores