terça-feira, 11 de maio de 2010

Lobby da industria dos cursinhos

Jovens protestam por adesão do Enem à prova da UFMG

O Governo Lula democratizou o acesso de alunos de baixa renda à Universidade com a advento do Enem. Foi o bastante para a choradeira da elite que sempre lutou e manteve o privilégio de seus filhos estudando de graça nas universidades públicas.

Estudantes mineiros protestaram hoje contra as mudanças no vestibular da mais tradicional instituição do Estado, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A escola federal anunciou, na semana passada, que vai adotar os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em substituição à primeira etapa do vestibular.

Quem se sair bem no Enem estará automaticamente aprovado para a segunda etapa do vestibular da UFMG, que será realizado em janeiro. Embora entidades representativas dos estudantes, como o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFMG, tenham reivindicado a adoção do Enem ao Conselho Universitário, muitos jovens - sobretudo estudantes de cursos pré-vestibulares - estão preocupados com a novidade.

Cerca de mil estudantes protestaram na Praça de Serviços do campus da UFMG. Fazendo muito barulho com apitos, cornetas e foguetes, e acompanhados de um carro de som, o grupo caminhou em protesto até a sede da reitoria. Muitos deles usavam narizes de palhaço e estavam com rostos pintados nas cores da bandeira mineira.

Uma comissão formada por representantes dos estudantes foi recebido pelo reitor da UFMG, Clélio Campolina. A adoção do Enem em substituição à primeita etapa do vestibular foi aprovada pela maioria dos membros do Conselho Acadêmico da UFMG. Para Campolina, que tomou posse recentemente, a unificação dos vestibulares é uma tendência em todo o mundo e uma decisão acertada do governo brasileiro.

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