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No trânsito é sempre o mesmo: “mulher ao volante é um perigo”. Mas a esmagadora maioria de acidentes tem homens ao volante. No escritório, o assédio sexual à secretária paira no ar: é quase uma obrigação social dos chefes. No universo dos crimes passionais, o macho (que, dizem, é “adúltero por natureza”) é invariavelmente favorecido pela justiça “dos homens” quando mata a suposta traidora pela honra ou por ter sido rejeitado.
E na política? Luiza Erundina foi a primeira brasileira a ser eleita para comandar uma cidade com dimensões de um país. Mal foi empossada, e começaram a surgir mexericos (de homens e mulheres) rotulando-a de lésbica como que justificando o exercício do seu cargo. Marta Suplicy sofreu perseguição implacável do machismo paulista mesmo tendo criado benefícios inesquecíveis para a população mais carente. Como esquecer do Bilhete Único ou dos CEUS (que, infelizmente, Serra&Kassab destruíram)? Ou de como enfrentou e expulsou os homens da máfia das empresas de ônibus urbano organizadas nas gestões da dupla Maluf-Pitta?
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