FERNANDO RODRIGUES
PIBão, Lulão e Dilma
BRASÍLIA -
O cenário da sucessão presidencial deste ano é único desde a volta do país à democracia, em 1985. Há um trinômio nunca visto: economia superaquecida, presidente muito popular e candidata favorita neófita nas urnas.
O Produto Interno Bruto anunciado ontem indica um crescimento da economia da ordem de 9% ao ano. Esse PIBão é inédito em anos de sucessão presidencial.
Em 1989, a economia cresceu 3,2%, mas uma inflação anual de mais de 1.600% impediu o então presidente José Sarney de ter influência na disputa. Em 1994, o percentual foi excepcional para padrões brasileiros: 5,9%. Nas urnas, Fernando Henrique Cardoso venceu no primeiro turno. Em 1998, o país estagnou. Em 2002, os 2,7% produzidos por FHC empurraram Lula para o Planalto. Em 2006, o petista ganhou mais quatro anos com um PIB de 3,6%.
O segundo indicador inaudito deste ano está na popularidade de Lula. No Datafolha, ele tem uma aprovação recorde de 76%. Fernando Henrique nunca chegou perto desse percentual. O tucano se reelegeu em 1998 com uma aprovação de 43%. Fernando Collor (no Planalto de 1990 a 1992) e José Sarney (1985 a 1990) sempre estiveram em situação muito pior.
Por fim, a candidatura que parece mais competitiva deste ano é a de Dilma Rousseff, do PT, debutando em disputas eleitorais. É uma diferença e tanto na comparação com outras corridas presidenciais.
Em 1989, Collor se vendia como novidade, mas era um político das entranhas do establishment. Havia sido governador de Alagoas. Nas eleições seguintes, o grupo dos principais concorrentes tinha nomes já testados em urnas: FHC, Lula, Leonel Brizola, José Serra e Ciro Gomes, entre outros.
A novidade agora é Dilma. O PIBão e Lula forte alavancam esse projeto. Se der certo, em outubro, o país vai conhecer um novo modelo de sucessão presidencial.
PIBão, Lulão e Dilma
BRASÍLIA -
O cenário da sucessão presidencial deste ano é único desde a volta do país à democracia, em 1985. Há um trinômio nunca visto: economia superaquecida, presidente muito popular e candidata favorita neófita nas urnas.
O Produto Interno Bruto anunciado ontem indica um crescimento da economia da ordem de 9% ao ano. Esse PIBão é inédito em anos de sucessão presidencial.
Em 1989, a economia cresceu 3,2%, mas uma inflação anual de mais de 1.600% impediu o então presidente José Sarney de ter influência na disputa. Em 1994, o percentual foi excepcional para padrões brasileiros: 5,9%. Nas urnas, Fernando Henrique Cardoso venceu no primeiro turno. Em 1998, o país estagnou. Em 2002, os 2,7% produzidos por FHC empurraram Lula para o Planalto. Em 2006, o petista ganhou mais quatro anos com um PIB de 3,6%.
O segundo indicador inaudito deste ano está na popularidade de Lula. No Datafolha, ele tem uma aprovação recorde de 76%. Fernando Henrique nunca chegou perto desse percentual. O tucano se reelegeu em 1998 com uma aprovação de 43%. Fernando Collor (no Planalto de 1990 a 1992) e José Sarney (1985 a 1990) sempre estiveram em situação muito pior.
Por fim, a candidatura que parece mais competitiva deste ano é a de Dilma Rousseff, do PT, debutando em disputas eleitorais. É uma diferença e tanto na comparação com outras corridas presidenciais.
Em 1989, Collor se vendia como novidade, mas era um político das entranhas do establishment. Havia sido governador de Alagoas. Nas eleições seguintes, o grupo dos principais concorrentes tinha nomes já testados em urnas: FHC, Lula, Leonel Brizola, José Serra e Ciro Gomes, entre outros.
A novidade agora é Dilma. O PIBão e Lula forte alavancam esse projeto. Se der certo, em outubro, o país vai conhecer um novo modelo de sucessão presidencial.
fernando.rodrigues@grupofolha.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário