quarta-feira, 9 de junho de 2010

José Ladeira (descendo a Serra) convoca aliados para definir seu vice entre 9 nomes cotados

A cinco dias da convenção que oficializará sua candidatura à Presidência, o tucano José Serra se debruçava, nesta terça-feira (8), sobre nove currículos para a vice de sua chapa. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, os nomes em análise são de DEM, PSDB e PP.

Serra ainda não descartou a indicação do explosivo e polêmico senador Tasso Jereissati (CE) — foge completamente do padrão apontado como ideal pelo ex-governador paulista. Em conversas que invadiram a madrugada de segunda para terça, Serra pediu a seus principais colaboradores uma avaliação do perfil dos cotados para a chapa até sexta-feira, véspera da convenção nacional do PSDB, no sábado.

O prazo foi encarado como um indício de que Serra só deverá anunciar seu vice logo após a convenção. Outro sinal está na disposição de manter o presidente do PP, Francisco Dornelles (RJ), entre os potenciais vices.

Com um pé no governo federal, mas trabalhando com a hipótese de neutralidade, o PP espera a evolução das pesquisas para decidir seu futuro na eleição. Até lá, o PSDB investe no PP nos estados, incluindo Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, na tentativa de viabilizar uma aliança.

A opção por Dornelles não é consenso entre os aliados. Há no PSDB forte defesa pela chapa puro-sangue, mesmo sem Aécio Neves. Entre aliados de Serra, a torcida é pelo presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), pelo seu trânsito entre os aliados. Apesar do temperamento inquieto, Alvaro Dias (PR) aparece como um nome que tem boa imagem pública.
O próprio Guerra, no entanto, tem alegado que a indicação de um democrata evitaria tremores na aliança. No DEM, são cotados o deputado José Carlos Aleluia (BA) e o líder do partido no Senado, Agripino Maia (RN). Embora Agripino tenha um nome consolidado no cenário político, Aleluia é admirado por Serra do ponto de vista técnico. Ainda no DEM, o nome de Valéria Pires Franco (PA) aparece como opção.

Os cotados para a vaga de vice foram objeto de discussão num jantar na noite de anteontem entre os principais articuladores da campanha de Serra. À mesa, Guerra, o deputado Jutahy Magalhães (BA), o coordenador administrativo da campanha, José Henrique Reis Lobo, e os tucanos Ronaldo Cezar Coelho e Márcio Fortes, ambos do Rio.

No jantar, realizado na casa do secretário estadual da Cultura, Andrea Matarazzo, o comando da campanha também fez uma análise sobre o potencial de arrecadação para a disputa. Embora um grupo defenda a fixação de um teto de R$ 250 milhões, a conclusão é a de que não há capacidade para tanto. A previsão de receita, segundo tucanos, é inferior a R$ 200 milhões.

Sob pressão para anunciar seu vice ainda na convenção, Serra tem recomendado calma. A avaliação dele é que, esgotadas as investidas em Aécio Neves (MG), é possível amadurecer a escolha. Por ora, o comando da campanha também reza por uma recuperação de Serra nas pesquisas a partir da semana que vem, quando serão exibidas as inserções do PSDB, para atrair o PP.

Em 27 de maio, o programa de TV do DEM fez a mais desabrida e radical propaganda antecipada do ano, ao expor José Serra — que não é do partido — na maior parte do tempo, com promessas para o Brasil. A exposição , no entanto, não surtiu efeito, conforme revela o empate entre Serra e Dilma (37 a 37) na pesquisa Ibope.

com informações da Folha de S.Paulo

 

 

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