O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta terça-feira (15), o reajuste de 7,7% para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo — mas decidiu vetar o fim do fator previdenciário. O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, depois de cerca de quatro horas de reunião com Lula e a equipe econômica do governo, além do ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, e o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Segundo Mantega, Lula orientou a equipe econômica a fazer os cortes necessários em outras despesas para compensar os gastos com o reajuste. Não haverá redução em investimentos, mas, sim, em custeio e em emendas parlamentares. “Além dos cortes que já fizemos, de R$ 10 bilhões, cortaremos R$ 1,6 bilhão para não alterar o Orçamento”, afirmou o ministro da Fazenda.
Vaccarezza disse ter deixado claro ao presidente que qualquer percentual que fosse inferior aos 7,7% não passaria na Câmara ou no Senado. Segundo o parlamentar, a decisão do governo se baseou em uma demanda popular. “Foi criada uma expectativa muito grande, mas não prevaleceu nenhuma decisão política. Não tem nada a ver com as eleições.”
A proposta original do governo era de um reajuste modestíssimo — de 3,5%. Depois de um acordo com as centrais sindicais e entidades dos aposentados, ficou definido o índice de 6,14%, embora o governo desse sinais de que poderia aceitar 7%. No Congresso, a medida provisória recebeu duas emendas, a do fim do fator previdenciário e a elevando para 7,7% o aumento.
Ontem, em evento
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