sexta-feira, 18 de junho de 2010

Ribeiro Jr. reage a acusações e vai entregar os podres do PSDB

O jornalista Amaury Ribeiro Júnior desafiou, nesta quinta-feira (17), o ex-delegado da Polícia Federal Onézimo de Souza a provar suas declarações de que ele, Ribeiro Jr., “teria dois tiros” contra o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra. 

 O delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Sousa

Ribeiro Jr. chamou ex-delegado Onézimo de 'mentiroso' e o desafiou a provar. Onézimo prestou depoimento no Congresso nesta quinta-feira

O jornalista é o autor de um livro ainda não publicado sobre o processo de privatizações do governo Fernando Henrique e teve seu trabalho citado no episódio do pseudo-dossiê que os tucanos tentaram armar jogando a culpa da "armação" na campanha de Dilma Rousseff.


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Em entrevista por telefone ao G1, Ribeiro Jr., que integrou a campanha da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse que está disposto a depor na Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência (CCAI) do Congresso Nacional – onde Onézimo prestou depoimento nesta quinta – para desmentir as afirmações do ex-delegado e ainda “entregar tudo” o que sabe sobre o caso.

“Se me convocarem para depor, vou tranquilamente. Entrego tudo. Todo mundo sabe que o que eu tenho [sobre o PSDB] é do tempo das privatizações. Há muito tempo eu já tenho isso. Por que eu iria contratar o cara [Onézimo], se eu tivesse dois tiros contra o Serra?”, questionou Ribeiro Jr., que não especificou o que possui. “O cara está mentindo. Esse cara é doido, mau caráter ou mentiroso”, complementou.

Um dos participantes da reunião realizada no final de abril deste ano com o ex-delegado Onézimo, Ribeiro Jr. afirma que, além dele e de Onézimo, estavam presentes à reunião o jornalista Luiz Lanzetta, o empresário Benedito de Oliveira Neto, chamado de “Bené” e o ex-sargento da Aeronáutica, Idalberto Martins de Araújo, conhecido como "Dadá".

Os nomes do ex-delegado e de Ribeiro Jr. surgiram no caso do suposto dossiê por sua participação na reunião. À Comissão do Congresso, Onézimo disse que recebeu uma proposta de R$ 160 mil mensais, por dez meses, para fazer o trabalho de investigação sobre vazamentos e proteção de informações na casa em que funciona a coordenação de pré-campanha de Dilma.

Ele afirmou que o acordo não evoluiu porque no meio da conversa foi pedida investigação contra Serra. A versão dos demais participantes da reunião é bem diferente. Segundo eles, foi Onézimo quem ofereceu espionar a campanha de Serra, oferta recusada pelos integrantes da campanha petista.

Confrontado com as declarações de Onézimo, Ribeiro Jr.voltou a dizer que o ex-delegado mente e disse que a contratação dos serviços do Onézimo tinham relação com a “disputa interna” dentro da campanha do PT. Ribeiro Jr. prometeu contar todos os bastidores do encontro no livro que vai lançar depois da Copa da África.

“Vou lançar o meu livro e nele vou contar tudo. Falar do fogo amigo dentro da campanha do PT. O que ele [Onézimo] não fala e é o que ele tem que explicar é a segunda reunião que eu, ele e o Dadá tivemos dias depois. Que foi quando a gente recusou a contratação dele. Não tinha nada de dossiê, era a briga interna do PT”, afirmou Ribeiro Jr..

Sobre as insinuações de Onézimo, de que teria gravado o encontro, Ribeiro Jr. desafiou o ex-delegado: “Por que ele não mostra a gravação? Se ele tem, então mostra.”

Com informações do G1

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