O presidente do PMDB em Santa Catarina, João Matos, declarou a aliados que, mesmo integrando a coligação pró-José Serra no Estado, vai apoiar a candidatura de seu correligionário Michel Temer, vice de Dilma Rousseff (PT), na corrida ao Planalto. Isto desagrada as lideranças tucanas que, por intervenção nacional, abdicaram de candidatura própria para apoiar Raimundo Colombo, do DEM, com Eduardo Pinho Moreira na vice pelo PMDB.
O governador Leonel Pavan (PSDB) já manifestou seu desgosto ao aliado. O tucano queria ser candidato por seu partido, mas, por orientação da coordenação nacional, recuou para preservar a tríplice aliança, como é conhecida a coligação PSDB-DEM-PMDB no Estado. Parte da base peessedebista apoia Angela Amin, do PP, parte segue fazendo campanha pela tríplice aliança.
Por conta deste cenário, Pavan se auto-atribuiu a tarefa de "presidir" um comitê supra partidário pró-Serra. O cálculo feito pela sigla é de que assim, atrairiam o apoio daqueles que votam em Serra, mas não em Colombo. O presidenciável tem cerca de 40% das intenções de voto ante 20% do candidato ao governo.
Os tucanos acreditam que a guinada do presidente do PMDB se deu porque agora Eduardo Moreira se acertou com a coordenação nacional da agremiação. O Diretório Nacional tentou suspender a filiação de Moreira e, consequentemente, inviabilizar sua candidatura como vice de Raimundo Colombo.
Pavan afirma ao Terra que em santa Catarina o PSDB tem "muito mais musculatura" do que o DEM e deixa claro que a aliança foi uma imposição nacional em nome da campanha de Serra. "O PMDB é o partido mais organizado do Estado e o que mais fez votos nas proporcionais". No entanto, o tucano ressalta que a coligação nas eleições proporcionais - deputados - foi pouco vantajosa para sua legenda. "Diminuímos as chances de eleger mais parlamentares do que na última eleição".
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