segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Boato que circula na Internet informa que o homem da bengala morreu e

Essa mensagem vem sendo replicada nos espaços reservados a comentários de leitores em blogs assinados por colunistas da área de política, em sites sobre jornalismo e em bate-papos no Orkut.

 

Em 2006, após a encenação no palco da CPI do fim-do-mundo, ficamos sabendo que  o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) contratou o escritor e ex-ator Yves Hublet, 67, para dar bengaladas no ex-deputado José Dirceu (PT-SP) no corredor do Congresso, no dia 29 de novembro, véspera da cassação.

A encenação foi articulada pelo funcionário público aposentado Paulo Abbas, amigo e cabo eleitoral do senador, que mora em Curitiba.

A repórter da Folha em Curitiba foi avisada com antecipação da agressão e que alertou aos repórteres que cobrem o Congresso, para dar um “flagra” no ato.

Agora surge mais um BOATO sobre a morte do personagem. Essa mensagem vem sendo replicada nos espaços reservados a comentários de leitores em blogs assinados por colunistas da área de política, em sites sobre jornalismo e em bate-papos no Orkut.

Não há, porém, nenhuma referência sobre a morte do personagem e tão pouco sobre sua irreal condição financeira já que  Hublet "trabalha sempre como Papai-Noel" no Natal em shoppings de Curitiba.

 

O senador Alvaro Dias sempre negou a história.

"Não tive essa feliz idéia", ironizou Alvaro Dias, em resposta à pergunta sobre se mandou pagar a passagem do agressor de Dirceu. O senador disse que nas reproduções das imagens do dia seguinte, Hublet lhe pareceu "uma figura conhecida", mas que não teve contato com ele.

Disse também que não se incomoda com o que diz a mensagem da internet. "Se ele me pedisse uma passagem, atenderia. Não para ir dar bengaladas no José Dirceu, mas por ser um escritor.

 

"A morte do escritor curitibano que atacou Zé Dirceu a bengaladas

 

O curitibano Yves Hublet ganhou destaque no Brasil no dia 29 de 2005 ao atacar a bengaladas o então deputado José Dirceu, que estava sendo processado por envolvimento no “mensalão”. Ele era escritor e morreu na segunda-feira (26) na capital federal em circunstâncias estranhas, segundo relato de seu editor e amigo Airo Zamoner, da editora Protexto. Hublet completou 72 anos em abril passado. Segundo o editor, depois do episódio da bengalada, o escritor enfrentou vários problemas no país e mudou-se para a Bélgica, pois tinha dupla cidadania. ”Voltou em maio último para Curitiba a fim de tratar de um livro a ser publicado por minha Editora e para tratar de papéis de um casamento anterior, pois pretendia se casar novamente na Europa”, revela Zamoner. Segundo este, para retornar à Bélgica Yves Hublet foi até Brasília. ”Ao descer do avião foi preso em Brasília e ficou incomunicável”, segundo o editor. No presídio teria adoecido e foi hospitalizado, sob escolta. “Alegou-se que estava com câncer. Ele teria falado com uma assistente social e passou o telefone de uma ex-namorada de Curitiba de nome Solange. Foi ela quem recebeu telefonema de Brasília comunicando o falecimento do Yves. O corpo dele foi cremado por lá”, informa o editor Zamoner. Yves Hublet escreveu livros infantis como “A Grande Guerra de Dona Baleia” e “Artes & Manhas do Mico-leão-dourado”, além de histórias em quadrinhos para a Editora Abril.

 

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