Levantamento encomendado pelo Sinduscon e programado para a última terça indicaria reviravolta na corrida eleitoral do Estado
Uma pesquisa de intenção de voto ao governo estadual vem agitando o meio político catarinense nos últimos dias. Não pelo que revelou, e sim pelo que esconderia: encomendado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) ao Instituto Mapa e com veiculação prevista para a última terça-feira (7), o levantamento não foi divulgado. O presidente do Sinduscon, Helio Bairros, condicionou a liberação dos números à aprovação da diretoria da entidade. Até o momento, nenhum resultado veio a público.
O cancelamento da pesquisa deu margem a toda sorte de especulação. Há rumores até mesmo de que Raimundo Colombo (DEM) e Ideli Salvatti (PT) teriam superado Angela Amin (PP), em uma reviravolta que consolidaria a tendência de alta do demista (verificada nas últimas consultas) e da petista (a reboque da onda Lula-Dilma). Na outra ponta, a ex-prefeita de Florianópolis passaria de líder a ameaçada de ficar de fora do segundo turno.
Que o Sinduscon encomendou o serviço e que o Instituto Mapa o realizou, não pairam dúvidas. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 1º de setembro e recebeu o número de processo 537102010. Na descrição da metodologia, consta que seriam entrevistados 1008 eleitores das seis mesorregiões do Estado, com base em questionários individuais, sobre suas preferências para governador e senador. A margem de erro oscilaria entre 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos.
Nenhum candidato pronunciou-se a respeito. Mas os boatos têm data para acabar: nesta sexta-feira, 10, está programada a divulgação de pesquisa do Ibope encomendada pelo grupo RBS. No mais recente levantamento realizado pelo Instituto Mapa, no dia 20 de agosto, Angela aparecia com 34,6%, seguida de Colombo, com 23,3%, e de Ideli, com 15,9%.
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