Recurso classifica vídeos como ilegais já que não podiam ser exibidos 'em sites de pessoas jurídicas'
23 de setembro de 2010 | 17h 45
Lucas de Abreu Maia, de O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - A campanha de Dilma Rousseff entrou nesta quinta-feira, 23, com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a coligação "O Brasil Pode Mais" - do candidato tucano José Serra. A motivação para a medida é uma série de vídeos publicados nesta quinta na internet - e feitos a pedido da campanha do PSDB - que, em tom agressivo, acusam o PT de ser "o partido que não gosta da imprensa" e que "ataca seus adversários e a família dos seus adversários".
Na ação, os advogados de Dilma pedem liminar para retirar o vídeo do ar e impedindo o PSDB de exibi-lo na mídia tradicional. De acordo com a assessoria jurídica da petista, a coligação teria, ainda, solicitado à Polícia Federal que investigue o caso. O mesmo pedido foi feito ao Ministério Público, de acordo com o site de Dilma.
"É de fácil verificação que o vídeo não tem o condão de criticar a adversária com a finalidade de debater ou discutir propostas de governo antagônicas ou diversas - o que é aceito de forma irrestrita no embate eleitoral. Trata-se de evidente e absurda ofensa à dignidade da candidata Dilma Rousseff e de seu partido, em desacordo com a legislação vigente, pois ofensiva, degradante e falsa", diz a ação protocolada no TSE.
No mais agressivo dos vídeos, um sósia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece segurando quatro cães da raça rottweiler, que latem ferozmente em direção à câmera. Um locutor diz: "Lula fez coisas boas pelo País. A melhor delas foi não deixar o PT mandar no seu governo". E conclui: "Lula conseguiu segurar, mas e a Dilma? Será que ela vai ter força para segurar o PT?"
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