segunda-feira, 4 de outubro de 2010

PSDB quer rifar Índio da Costa e ter Gabeira, Marina e até Aécio Neves como vice de Serra

O líder dos “demos” na Câmara, Paulo Bornhausen (SC), descartou nesta segunda-feira (4) a hipótese de substituir o indicado a vice-presidente na chapa do PSDB à Presidência, Índio da Costa (RJ), pelo candidato derrotado ao governo do Rio de Janeiro pelo Partido Verde (PV), Fernando Gabeira. Segundo Bornhausen, a troca representaria um absurdo “jurídico e político” e que não está sendo analisada.

“Não existe esta hipótese. É um absurdo jurídico e político esta suposição de troca. O que temos é que arregaçar as mangas com Serra e Índio para que possamos vencer”, disse Bornhausen. A escolha de Índio como vice foi feita no último momento permitido pelo calendário eleitoral, o que gerou críticas e suspeitas de que DEM e PSDB não tinham acordo em torno de um nome para compor a chapa.

Pela legislação eleitoral, a substituição do vice – tanto para presidente da República como para governador – é autorizada em um seguindo turno. No passado, o ex-presidente Fernando Collor tentou substituir o então indicado a vice na chapa dele Itamar Franco pelo ex-deputado e senador Bernardo Cabral.

A hipótese de trocar Índio por Gabeira surgiu no domingo (3) à noite em meio a sugestões para que Serra possa ganhar o apoio da candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, que ficou em terceiro lugar na disputa nacional. Na tentativa de ter o apoio de Marina que ainda não definiu se apoiará Serra ou a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, no segundo turno das eleições, no dia 31.

Para Bornhausen, é fundamental ampliar a base de apoio e partir para uma campanha nacional, evitando a concentração de atenção apenas em São Paulo. “Tem que incluir os [candidatos] vitoriosos e os que estiveram o tempo todo conosco. Conversar e ouvir os mais experientes. Os líderes do Brasil inteiro”, afirmou ele.

Na opinião do líder “demo”, é essencial que Serra ouça todos os políticos experientes e suas opiniões tanto do PSDB quanto os demais partidos que compõe a coligação que o apoia. A coligação de Serra é formada por PSDB, DEM, PPS, PTB e PT do B. “Tem que ampliar tudo e ouvir todos”, disse ele, de forma enfática.

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