04/10/2010 - 11h26
DE BRASÍLIA
As duas legendas, PT e PMDB, que disputam a presidência da Câmara dos Deputados tiveram resultados opostos nesta eleição.
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Com 99,8% dos votos de todo o país apurados, o PT havia aumentado em nove o seu contingente de deputados federais. O PMDB, por outro lado, havia perdido dez vagas na Casa.
A apuração parcial das urnas mostrava, na noite de ontem, que as bancadas do PT e do PSB devem ser as que mais vão crescer na Câmara.
O PSB deverá sair das atuais 27 cadeiras para 36. Já o PT vai de 79 cadeiras para 88, total que faz dele o maior partido da Casa, desbancando a ala peemedebista.
Já peemedebistas e democratas devem ser os maiores perdedores da vez. A primeira legenda, hoje com 90 deputados, deve ver sua bancada cair para 80. O DEM terá sua representação reduzida de 56 para 42 deputados.
Ressalte-se que o quadro de eleitos ainda pode sofrer alterações significativas caso a Justiça Eleitoral decida liberar as candidaturas ficha-sujas, cujos votos por ora estão congelados.
Ainda assim, a divisão entre oposição e governo não deve sofrer grandes alterações. A base governista, hoje calculada em 70% da Casa, deve ir a 72% do total. Já os oposicionistas devem assistir ao ressecamento de 26,5% para 23% no número absoluto de deputados.
A maior baixa foi no DEM, mas PSDB e PPS também perderam deputados, três cada. O PSOL manteve sua bancada de três cadeiras.
A "onda verde" que garantiu 20% dos votos válidos para Marina Silva (PV) na corrida presidencial não representou crescimento da legenda na Câmara. Na próxima legislatura, o PV irá manter a atual bancada, composta por 14 deputados.
MAIORIA PARA DILMA
Os números indicam ainda que, se eleita, Dilma Rousseff (PT) não vai ter dificuldades em aprovar matérias de interesse do governo federal na Casa, porque contará com maioria.
Das 513 cadeiras, apenas 118 devem ficar com aliados de José Serra (PSDB), que teria que conquistar apoio integral do PMDB e de outros partidos hoje governistas para não enfrentar uma oposição massacrante.
Desde já, PT e PMDB disputam a cadeira de presidente da Câmara, pelo fato de terem eleito as bancadas mais numerosas.
Acordo firmado em 2006 garantiu ao PT e, em seguida, ao PMDB o comando da Casa. Agora, peemedebistas reivindicam novamente o posto, que também é cobiçado por petistas.
Na eleição de ontem, os dois partidos elegeram os deputados mais cotados para assumir a presidência: Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Cândido Vaccarezza (PT-SP).
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