quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A estudante de direito Mayara Petruso foi demitida do escritório de advocacia onde estagiava

Ontem, a estudante foi demitida do escritório de advocacia onde estagiava.


"Com muito pesar e indignação, (o escritório) lamenta a infeliz opinião pessoal emitida em rede social, da qual apenas tomou conhecimento pela mídia e que veemente é contrário, deixando, assim, ao crivo das autoridades competentes as providências cabíveis", informou, em nota, o escritório Peixoto e Cury Advogados. A estudante paulista também postou comentários ofensivos a nordestinos em seu Facebook. "Afunda, Brasil. Deem direito de voto pros nordestinos e afundem o país de quem trabalha pra sustentar vagabundos que fazem filhos pra ganhar bolsa 171." Depois da repercussão negativa das frases, Mayara publicou mensagens desculpando-se e cancelou seus perfis nos sites de relacionamento. Mas os comentários da estudante foram duramente criticados na rede mundial de computadores. Expressões como "xenofobia, não" foram reproduzidas pelos internautas.


OAB-PE


A seccional de Pernambuco da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE) vai protocolar, hoje, uma ação contra a estudante de direito Mayara Petruso, autora de mensagens racistas publicadas, no último domingo, em seu perfil no Twitter. Após a divulgação do resultado das eleições presidenciais, a estudante escreveu, no site, que os nordestinos eram"culpados" pela vitória da candidata petista, Dilma Rousseff. "Nordestisto (sic) não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado", escreveu.


"Isso causa uma repulsa muito grande e uma total indignação. Não podemos mais admitir esse tipo de visão odiosa e preconceituosa contra o nordestino. O objetivo da notícia-crime que apresentaremos ao Ministério Público é responsabilizá-la (a estudante) pelos crimes de racismo- que tem pena de reclusão de dois a cinco anos e é inafiançável-e de incitação pública-com pena de três a seis meses de reclusão ou multa. Ela sugere que as pessoas matem os nordestinos, o que caracteriza o incentivo à prática de homicídio", afirmou ao Correio o presidente da OAB-PE, Henrique Mariano.

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