terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Morte de Eliseu Resende - DEM/MG - gera desconforto


A morte do senador Eliseu Resende - DEM/MG - se transformou em uma polêmica na manhã desta segunda-feira.

O parlamentar morreu na noite deste domingo em São Paulo, aos 81 anos, vítima de uma insuficiência renal. O senador havia sido internado no Instituto do Coração (Incor), na capital paulistana, em 30 de novembro para exames de rotina, quando os médicos constataram um tumor no intestino. Operado oito dias depois, Eliseu Resende vinha apresentando um quadro estável. Submetido a nova cirurgia no dia 24, anteontem apresentou um quadro de insuficiência renal, o que levou à sua morte.

A viúva do político queria que o corpo fosse enterrado em Belo Horizonte, mas os familiares que vivem em Oliveira, na Região Centro-Oeste de Minas, alegavam que em vida o senador expressou o desejo de ser enterrado na terra natal. O corpo foi então enviado para a Cidade de Oliveira-MG, distante 140 KM da Capital.

A situação ficou indefinida até a manhã de terça-feira, quando, até o prefeito da Cidade de Oliveira, Ronaldo Resende - PMDB- mostrando uma incrível disposição, interveio na desavença. Ronaldo Resende, do PMDB, encaminhou um ofício para a viúva do senador solicitando que o funeral fosse na cidade. Os parentes resolveram acionar a justiça e, por fim, Eliseu foi enterrado no cemitério Parque da Colina, na capital.


Segundo moradores da cidade, "a briga política para ver quem fica com o corpo vai ficar gravada no anedotário da cidade. Oliveira tem inúmeros problemas de ordem administrativa, inclusive sem maternidade, fechada por incompetência do prefeito e políticos locais. São inúmeros os casos de morte por falta de organização administrativa da secretaria de saúde, que não consegue nem abastecimento das ambulâncias para o transporte de doentes graves para outros municípios, ocasionando a morte destes por falta de socorro. Agora Eles, os políticos locais, nos presenteiam com esse espetáculo grotesco sobre onde enterrar um político".


Eliseu - DEM - só trouxe prejuízo

A morte do senador Eliseu Resende (DEM-MG) no domingo (02) tirou do DEM o título de quarta maior bancada do Senado a partir de fevereiro, quando assumirão os congressistas eleitos em outubro de 2010.

No lugar de Resende, que tinha mandato até 2015, assumirá o suplente Clésio Andrade (PR-MG), presidente da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) e ex-vice-governador de Minas (2003-2006).

Caindo de seis para cinco senadores, o DEM será superado pelo PTB, que tem seis cadeiras e passará a ser a quarta bancada, atrás de PMDB, PT e PSDB, nessa ordem.

O DEM no Senado será formado por Maria do Carmo Alves (SE), Kátia Abreu (TO), Jayme Campos (MT), José Agripino (RN) e Demóstenes Torres (GO).

O partido será a quinta bancada da casa ao lado do PP, que terá Francisco Dornelles (RJ), Ivo Cassol (RO), Ana Amélia Lemos (RS), Benedito de Lira (AL) e Ciro Nogueira (PI).

A ascensão de Clésio Andrade mantém o PR, junto com o PDT, como sexta bancada da Casa, com quatro senadores. Junto com ele estarão Magno Malta (ES), Blairo Maggi (MT) e João Ribeiro (TO).

O senador Alfredo Nascimento (PR-AM) assumirá o Ministério dos Transportes e dará vaga a um suplente do PT.

Nenhum comentário:

Marcadores