Reportagem publicada no blog Quidnovi, na sexta-feira, afirma que o soldado João Dias detalhou, a uma pessoa próxima à presidente Dilma Rousseff, desvios de dinheiro do programa Segundo Tempo para o PC do B, partido do ministro Orlando Silva. Ainda de acordo com a reportagem, Dias deu informações sobre desvios no contrato que o Ministério do Esporte mantém com uma empresa de publicidade. Entre os favorecidos com as supostas irregularidades estariam ex-funcionários e o chefe de gabinete do ministro Orlando Silva, Vicente José de Lima Neto. Segundo o Ministério do Esporte, a empresa foi contratada mediante licitação e as afirmações (João Dias) não têm fundamento. “As insinuações são invencionices”, diz a nota.
Em maio do ano passado, ÉPOCA publicou reportagem sobre relatório final da Operação Shaolin, da Polícia Civil de Brasília, que investigou desvios no Segundo Tempo a partir de convênios com as associações de João Dias. De acordo com a apuração da polícia, empresas de fachada cobravam 17% do valor das notas para emitir os papéis frios, sacar os recursos depositados pelas associações em suas contas e devolver o dinheiro para as ONGs de João Dias: a Federação Brasiliense de Kung Fu (Febrak) e a Associação João Dias de Kung Fu. As associações foram contratadas para desenvolver atividades esportivas com alunos da rede pública de ensino. Os investigadores afirmam que Dias desviou recursos para a compra de uma casa avaliada em R$ 850 mil para construir duas academias de ginástica e financiar sua campanha para deputado distrital em 2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário