sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Dedo do Lula

UFJF extingue vestibular em processos seletivos Decisão começa a valer para 2013. Provas deste ano permanecem inalteradas, mudança só vale para a próxima edição

"A forma de ingresso nas universidades do Brasil pelos vestibulares é antiquada e não corresponde às mudanças sofridas pelo ensino superior”. O Enem, segundo ele, explora as competências, além de valorizar a leitura".

“uma universidade federal é feita para o país”. A possibilidade da UFJF fazer uma prova nos mesmos moldes do Enem também foi considerada por Magrone. “Exigiria um custo humano e institucional enorme, sendo que sem necessidade”.




A partir do próximo ano não haverá mais vestibular como forma de seleção para ingressar na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Provas deste ano permanecem inalteradas e a mudança só vale para a próxima edição.

O ingresso a partir de 2013 ficou dividido da seguinte forma: 70% das vagas que até esta edição do processo eram destinadas ao vestibular, serão disputadas pelos candidatos através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Ministério da Educação, composto pela nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Pism, continua recebendo 30% das vagas ofertadas pela instituição. O Pism é o programa de vestibular parcelado da UFJF, no qual o estudante pode dividir o exame nos três anos do ensino médio.

A decisão foi tomada pelo Conselho Setorial de Graduação, nesta quinta-feira. De acordo com o conselho, a decisão teve como base o objetivo de estabilizar as formas de ingresso na Universidade. Segundo o pró-reitor de Graduação e presidente do Conselho, Eduardo Magrone, “a mudança era algo mais do que esperado, senão agora, para os próximos anos”. Ele lembra que a UFJF veio ampliando sua participação no Enem desde 2008, resultando na total adoção do exame.

O Enem

Magrone reconhece que o Enem precisa passar por reformas, em especial, na área logística e de segurança. No entanto, acredita que não há prejuízo para a instituição em relação ao perfil do aluno selecionado. “Pelo contrário, a forma de ingresso nas universidades do Brasil pelos vestibulares é antiquada e não corresponde às mudanças sofridas pelo ensino superior”. O Enem, segundo ele, explora as competências, além de valorizar a leitura.


Sobre a crítica de que o exame nacional pressupõe a desregionalização do estudante, o pró-reitor é incisivo: “uma universidade federal é feita para o país”. A possibilidade da UFJF fazer uma prova nos mesmos moldes do Enem também foi considerada por Magrone. “Exigiria um custo humano e institucional enorme, sendo que sem necessidade”.

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