· A atitude de total agressividade deste PM deixa exposta uma coisa muito maior que a grande mídia não quis ou não soube captar. Se esse estudante fosse louro de olhos azuis e morasse no Morumbi, o nosso representante da repressão brasileira, pergunto, agiria da mesma maneira... O que se viu foi uma explosão de racismo reprimido por muito tempo que, quem sabe, ele nunca teve oportunidade de expressar. A novela do SBT - Amor e Revolução - mostra muito bem as atitudes de abordagem dos agentes do Dops. Parecia que eu estava assistindo a um capítulo. Pobre rapaz! Universitário, com um nível sabidamente mais elevado do que este suposto agente da Lei, passar por tal constrangimento!
Foi afastado da corporação o sargento André Ferreira da Polícia Militar (PM) de São Paulo, que sacou uma arma e ameaçou um estudante negro, no campus Butantã da Universidade de São Paulo (USP), Zona Oeste da capital paulista, nesta segunda-feira (9). As agressões físicas e verbais contra Nicolas Menezes Barreto, do campus Leste, foram registradas em vídeo por outros estudantes e divulgadas na internet.
Segundo o coronel Wellington Venezian, comandante do policiamento na Zona Oeste da capital, o outro soldado que estava na confusão também foi afastado. Em coletiva de imprensa, ele afirmou que o sargento Ferreira reconheceu "desequilíbrio emocional" em sua atitude e será alvo de uma sindicância interna, que poderá resultar numa exoneração.
O soldado que o acompanhava deixou o patrulhamento nas ruas.
Imagens revelam agressões da PM a jovem negro na USP
O coronel Welington Venezian disse também que a atitude do policial está "totalmente em desacordo" com as práticas usuais da PM nestes casos e que o correto seria chamar reforço neste caso.
"Conversei pessoalmente e ele admite que se 'perdeu' naquele momento. Não é uma prática recomendada", disse o oficial, questionado sobre o momento em que o sargento é visto sacando uma arma durante a abordagem do estudante.
Ferreira integrava o policiamento da USP desde que a PM entrou na Cidade Universitária, zona oeste da cidade, em agosto do ano passado. O local onde aconteceu a abordagem é um centro de convivência dos estudantes. Segundo o coronel da PM, teria sido ocupado por "elementos estranhos" ao corpo de estudantes na semana passada. Atualmente, o local foi fechado pela universidade e deve passar por uma suposta reforma.
Antes disso, na quarta-feira (4), uma matéria publicada
da redação do Vermelho
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