segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Aécio ataca Cuba e esquece Minas

Em sua coluna na Folha desta semana, Aécio Neves voltou a tratar de política externa, desta vez para demonizar Cuba. O senador tucano, famoso por sumir de Minas Gerais e curtir as suas “folgas” em Miami e Paris, tenta se cacifar como líder da direita nativa. O texto, uma cópia dos memorandos da CIA, objetiva fustigar a política externa soberana, ativa e altiva, iniciada no governo Lula.

Por Altamiro Borges, em seu blog


Com o título “O silêncio do PT”, o artigo critica o “autoritarismo do regime cubano” e o “regime dinástico dos irmãos Castro”. No tocante ao autoritarismo, os jornalistas mineiros conhecem bem as práticas ditatoriais da dupla Aécio/Andrea. Já os professores, que realizaram a sua mais longa greve no ano passado, são testemunhas da postura truculenta dos filhotes do ex-governador.

Nada sobre o bloqueio dos EUA

O senador tucano também descreve as reais dificuldades vividas pelos 11,2 milhões de cubanos. Mas não diz uma linha sobre o criminoso bloqueio econômico imposto pelos EUA, que completou 50 anos na semana passada. Ele também nada fala sobre a miséria que campeia em Minas, com milhões de pessoas abandonadas pelo poder público, ou sobre as vítimas das recentes enchentes no estado.

Em outro trecho, o tucano esbanja cinismo. Ela critica a “falta de horizonte das novas gerações” de cubanos. O senador realmente está distante do seu estado. Ele esquece que milhões de jovens mineiros, sem qualquer horizonte, já tentaram migrar para os EUA – submetendo-se à violência do império na fronteira com o México e à humilhação do trabalho degradante no solo ianque.

As garras do império

Reforçando a campanha midiática em defesa da blogueira Yoani Sánchez, que vários documentos e vídeos comprovam ser uma mercenária dos EUA, Aécio Neves critica os “olhos fechados” da presidenta Dilma Rousseff em sua recente visita a Cuba. Toda essa histeria para, no final, afirmar que “o flerte com regimes fechados e totalitários, como o de Cuba e o do Irã, expõe publicamente a tentação autoritária que o PT tenta dissimular e que, no entanto, parece estar inscrito no DNA do partido”.

Aos poucos, o senador tucano, tão afastado de Minas Gerais, vai mostrando suas garras para a disputa presidencial de 2014. Com seu artigo na Folha, ele deve ter conquistado mais alguma simpatia dos EUA. No futuro, novos documentos vazados pelo WikiLeaks podem revelar as tramas do colonizado mineiro.

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