As revelações trazidas pela Polícia Federal desmascarando a relação entre a quadrilha comandada por Carlinhos Cachoeira e Demóstenes Torres com setores da mídia, notadamente a revista Veja, comprova a urgência de uma regulação das comunicações no país. Essa é opinião da executiva nacional do PT, que se reuniu nesta quinta-feira (12), em Brasília.
Na resolução aprovada no encontro, os petistas ressaltam que “preservada a liberdade de imprensa e a livre expressão de pensamento”, regular o setor é uma forma de “ampliar o direito social à informação”.
A resolução também denuncia o que chamou de uma “operação abafa”, comandada pelos mesmos setores da mídia, que pretende escamotear as comprovações “em torno do envolvimento do senador Demóstenes Torres (DEM-Goiás) com a organização criminosa comandada pelo notório Carlos, alcunhado de Carlinhos Cachoeira”.
CPI mista
Foi justamente para se contrapor a essa tentativa de esconder os fatos e mudar o foco das denúncias que, segundo o presidente do PT nacional, Rui Falcão, o Partido dos Trabalhadores defendeu a instalação de CPI no Congresso. “Conclamamos a sociedade organizada a se mobilizar em defesa da mais ampla apuração do esquema corrupto desvendado pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo”.
Nesta quinta-feira (12), iniciou-se a coleta de assinaturas para a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar as relações obscuras do contraventor goiano Carlinhos Cachoeira com os três níveis de poder, Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como com setores da mídia. A instalação da CPMI exige assinaturas de, pelo menos, 27 senadores e 171 deputados.
Pelo requerimento apresentado, a CPMI vai investigar, no prazo de 180 dias, práticas criminosas desvendadas pelas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, com envolvimento de Cachoeira e agentes públicos e privados.
De Brasília,
Kerison Lopes
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