A Comissão Parlamentar  Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira aprovou nesta quinta-feira (17) um  requerimento pedindo que a Justiça determine o sequestro dos bens do bicheiro  contraventor.
  O pedido será encaminhado à 11ª Vara Federal em Goiânia, onde corre o  processo contra Carlinhos Cachoeira, e para o relator da parte do processo que  corre no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowsky. O STF  trata apenas das partes do processo que investigam deputados e senadores, que  dispõem de fóro privilegiado.
  
  A reunião da CPMI aprovou vários requerimentos nesta reunião. Em um deles,  definiu-se pela convocação de membros da família de Cachoeira para deporem,  assim como o irmão do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), o procurador-geral  de Justiça de Goiás, Benedito Torres. 
  
  Jornalista bandido
  
  A Comissão Cachoeira negou um requerimento para requisitar à Polícia Federal  todas as gravações telefônicas em que o jornalista Policarpo Júnior, diretor da  sucursal da revista Veja em Brasília, se comunica com o grupo de Carlos Augusto  Ramos, o Carlinhos Cachoeira, assim como ligações entre integrantes da  organização nas quais o nome do jornalista é mencionado.
  
  Embora tenha defendido a investigação da relação entre Cachoeira e Policarpo, o  relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), decidiu declarar que o pedido  estaria prejudicado, pois a comissão já aprovou outro requerimento pedindo  todas as ligações gravadas pelas operações Vegas e Monte Carlo, em estado  bruto. Portanto. os telefonemas mencionando Policarpo estariam nesse material.
  
  
Defesa do jornalista  por Miro Teixeira –PDT
  O jornalista e a revista foram defendidos na sessão pelo deputado Miro Teixeira  (PDT-RJ), que sempre foi o representante das grandes empresas de comunicação no  Congresso. Miro quis confundir a reunião com argumentos de que investigar o  jornalista contraventor seria uma ameaça a liberdade de imprensa. 
  
  De acordo o deputado Paulo Teixeira (MG), o pedido não tem a intenção “de  investigar a imprensa” e sim de apurar uma possível conduta inadequada do  jornalista. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), também concordou com  o resgate das informações e disse que os integrantes da comissão estavam  considerando o jornalista “um intocável”. “Parece que tem  intocáveis aqui, mas não se enganem, tudo virá à tona”, destacou.
 
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário