quinta-feira, 3 de maio de 2012

PSDB tenta afastar Protógenes da CPI: ataque pessoal

 

Parlamentares do PSDB integrantes da CPI mista do caso Cachoeira questionaram a participação do deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) na comissão. Segundo o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), cassado por abuso do poder econômico e político em 2008, o deputado estaria envolvido no caso. Para Protógenes, o pedido é um ataque pessoal porque ele é autor de processo na Câmara contra o presidente do partido, deputado Sérgio Guerra (PSDB-PE), por vandalismo praticado em seu gabinete.


O presidente da CPI, Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB) negou o pedido Cássio Cunha Lima, que leu a questão de ordem apresentada pelo partido, afirmando que Protógenes foi citado em gravações interceptadas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo.

Vital do Rêgo rejeitou o pedido de impedimento alegando que não tem a prerrogativa de derrubar uma determinação regimental, em decisão conjunta de deputados e senadores. Para vetar a indicação de Protógenes, orientou Vital, o partido terá de apresentar um requerimento a ser votado em sessão do Congresso.

Protógenes classificou a questão de ordem do PSDB como “absurda, maldosa e desrespeitosa”. Para ele, a intenção do pedido é deferir um ataque pessoal, pois ele é autor de um processo na Câmara contra o presidente do partido, deputado Sérgio Guerra (PSDB-PE), por vandalismo praticado em seu gabinete.

Sérgio Guerra e o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) arrancaram um cartaz da CPI da Privataria Tucana, defendida por Protógenes, da porta do gabinete do deputado paulista.

“Minha participação é legítima, legal e constitucional. Originalmente eu fui o autor do pedido de investigação contra o Cachoeira. É uma contradição me vincular a qualquer crime praticado pelo grupo dele”, disse o deputado contestando a argumentação do tucano. Ele lembrou ainda que foi ele quem começou o processo de coleta de assinaturas de adesão para a criação de um colegiado de investigação na Câmara, com mais de 200 assinaturas.

Cassado por abuso do poder econômico e político em 2008, Cássio alegou que, como pairam suspeitas contra Protógenes, ele não poderia participar de uma CPI mista que, em tese, poderia investigá-lo.

De Brasília
Com Congresso em Foco

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