Viva LULA
“Por trás de um bom aluno de Matemática há sempre um bom professor de Matemática”.
Maria Clara da Silva, 16 anos, de
Pirajuba, Minas, foi a primeira estudante de uma escola pública a
participar da olimpíada mundial de Matemática, ano passado, em
Amsterdam, na Holanda.
Até então, só estudantes de escolas particulares representavam o Brasil.
Maria Clara conseguiu medalha de bronze e este ano disputa a de ouro em Mar del Plata, na Argentina.
Tábata Amaral é filha de um trocador de ônibus, em São Paulo.
Ela tem 18 anos e cursa Física na USP.
Ela quer ser Astrofísica.
Recebeu uma bolsa do grupo Etapa e acaba de receber uma bolsa para estudar em Harvard.
Se quisesse, ia também para Princeton, Columbia ou Yale – que também lhe ofereceram bolsas de estudos.
Tábata é medalha de prata da Olimpíada Brasileira das Escolas Públicas – OBMEP.
Indiana Jhones, de 19 anos, vive em Poxim, Alagoas.
Os pais, desempregados, são beneficiários do Bolsa Família.
Ele é medalha de ouro da OBMEP 2012, e medalha de bronze, em 2009 e 2010.
Indiana não tem, como Tábata e Maria Clara, apoio oficial ou privado para continuar a se dedicar à Matemática.
Esse é um dos problemas da OBMEP.
Por isso, a Olimpíada premia um número cada vez maior de estudantes capacitados, para estimular escolas pelo Brasil afora e mobilizar recursos – públicos e privados – e talentos para apoiar o ensino da Matemática e os jovens que se destacam na OBMEP.
O programa Entrevista Record Atualidade, que vai ao ar nesta segunda-feira, às 22h15, na RecordNews, logo após o programa do Heródoto Barbeiro apresenta, além de Marco Aurélio Garcia, que trata do Paraguai, o professor Claudio Landim, pós-graduado em Matemática, pesquisador do IMPA, Instituto de Matemática Pura e Aplicada – http://www.impa.br/opencms/pt/ - e coordenador nacional da OBMEP.
A primeira fase nacional da prova foi em 5 de junho, em todo o pais.
Participaram 19 milhões 141 mil estudantes de escolas públicas entre o sexto ano do ensino fundamental e o ensino médio.
Alunos de 46.728 escolas.
É a maior Olimpíada de Matemática do Mundo !
Nem a China tem uma igual.
5% dos melhores alunos de cada escola vão para a segunda fase, em 15 de setembro.
Dessa segunda fase saem os premiados e os três estudantes que vão representar o Brasil na olimpíada mundial.
Deverão ser premiados 4.500 alunos – os disseminadores de bom exemplo – com medalhas de ouro, prata e bronze.
Será oferecida a oportunidade de participar do Programa de Iniciação Cientifica Junior, que dá direito a uma bolsa do CNPQ.
Minas Gerais é o estado com melhor resultado.
Porque tem melhores professores de Matemática, diz Landim: “por trás de um bom aluno de Matemática há sempre um bom professor de Matemática”.
Landim diz que já dá para perceber – desde a primeira olimpíada, em 2005 – que a escola que tem aluno premiado tem melhores notas no ano seguinte.
O prêmio frutifica.
Também já dá para perceber que, à medida em que as notas melhoram, os alunos passam a escrever mais, a se expressar além dos números.
Qual é a meta da OBMEP ?
Melhorar a qualidade do ensino de Matemática.
Por isso é importante premiar alunos, porque aluno premiado é professor premiado.
De onde saiu essa boa ideia ?
Landim conta uma dessas histórias que você jamais lerá no PiG (*), amigo navegante.
Um dia, o primeiro Ministro da Ciência e Tecnologia do Governo Lula, Roberto Amaral, do PSB, chegou para uma visita ao IMPA e perguntou o que eles faziam para melhorar o ensino de Matemática no Brasil.
O diretor da Escola explicou que havia dois programas não muito ambiciosos, mas que treinavam professores.
Um dia, aparece no IMPA um cheque de R$ 200 mil do Amaral, para aplicar nos dois programas.
O diretor do IMPA queria devolver o dinheiro: não precisamos de tanto dinheiro !
Pensou melhor e resolveu se inspirar num programa que havia na Secretaria da Educação do Ceará, uma Olimpíada de Matemática, e, com o dinheiro, fazer no país inteiro.
Aí, o ministro tinha trocado, já era Eduardo Campos, também do PSB e, hoje, governador de Pernambuco.
Campos adorou a ideia e consultou o Nunca Dantes.
O Nunca Dantes vibrou !
E deu nisso !
A maior olimpíada de Matemática do Mundo.
Esse Nunca Dantes.
Que não tem diploma …
Mas, o Padim Pade Cerra também não …
(E quando o Chico Pinheiro perguntou a ele por que a Educação em São Paulo era tão ruim, ele pôs a culpa nos “migrantes”- como o Lula …)
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Até então, só estudantes de escolas particulares representavam o Brasil.
Maria Clara conseguiu medalha de bronze e este ano disputa a de ouro em Mar del Plata, na Argentina.
Tábata Amaral é filha de um trocador de ônibus, em São Paulo.
Ela tem 18 anos e cursa Física na USP.
Ela quer ser Astrofísica.
Recebeu uma bolsa do grupo Etapa e acaba de receber uma bolsa para estudar em Harvard.
Se quisesse, ia também para Princeton, Columbia ou Yale – que também lhe ofereceram bolsas de estudos.
Tábata é medalha de prata da Olimpíada Brasileira das Escolas Públicas – OBMEP.
Indiana Jhones, de 19 anos, vive em Poxim, Alagoas.
Os pais, desempregados, são beneficiários do Bolsa Família.
Ele é medalha de ouro da OBMEP 2012, e medalha de bronze, em 2009 e 2010.
Indiana não tem, como Tábata e Maria Clara, apoio oficial ou privado para continuar a se dedicar à Matemática.
Esse é um dos problemas da OBMEP.
Por isso, a Olimpíada premia um número cada vez maior de estudantes capacitados, para estimular escolas pelo Brasil afora e mobilizar recursos – públicos e privados – e talentos para apoiar o ensino da Matemática e os jovens que se destacam na OBMEP.
O programa Entrevista Record Atualidade, que vai ao ar nesta segunda-feira, às 22h15, na RecordNews, logo após o programa do Heródoto Barbeiro apresenta, além de Marco Aurélio Garcia, que trata do Paraguai, o professor Claudio Landim, pós-graduado em Matemática, pesquisador do IMPA, Instituto de Matemática Pura e Aplicada – http://www.impa.br/opencms/pt/ - e coordenador nacional da OBMEP.
A primeira fase nacional da prova foi em 5 de junho, em todo o pais.
Participaram 19 milhões 141 mil estudantes de escolas públicas entre o sexto ano do ensino fundamental e o ensino médio.
Alunos de 46.728 escolas.
É a maior Olimpíada de Matemática do Mundo !
Nem a China tem uma igual.
5% dos melhores alunos de cada escola vão para a segunda fase, em 15 de setembro.
Dessa segunda fase saem os premiados e os três estudantes que vão representar o Brasil na olimpíada mundial.
Deverão ser premiados 4.500 alunos – os disseminadores de bom exemplo – com medalhas de ouro, prata e bronze.
Será oferecida a oportunidade de participar do Programa de Iniciação Cientifica Junior, que dá direito a uma bolsa do CNPQ.
Minas Gerais é o estado com melhor resultado.
Porque tem melhores professores de Matemática, diz Landim: “por trás de um bom aluno de Matemática há sempre um bom professor de Matemática”.
Landim diz que já dá para perceber – desde a primeira olimpíada, em 2005 – que a escola que tem aluno premiado tem melhores notas no ano seguinte.
O prêmio frutifica.
Também já dá para perceber que, à medida em que as notas melhoram, os alunos passam a escrever mais, a se expressar além dos números.
Qual é a meta da OBMEP ?
Melhorar a qualidade do ensino de Matemática.
Por isso é importante premiar alunos, porque aluno premiado é professor premiado.
De onde saiu essa boa ideia ?
Landim conta uma dessas histórias que você jamais lerá no PiG (*), amigo navegante.
Um dia, o primeiro Ministro da Ciência e Tecnologia do Governo Lula, Roberto Amaral, do PSB, chegou para uma visita ao IMPA e perguntou o que eles faziam para melhorar o ensino de Matemática no Brasil.
O diretor da Escola explicou que havia dois programas não muito ambiciosos, mas que treinavam professores.
Um dia, aparece no IMPA um cheque de R$ 200 mil do Amaral, para aplicar nos dois programas.
O diretor do IMPA queria devolver o dinheiro: não precisamos de tanto dinheiro !
Pensou melhor e resolveu se inspirar num programa que havia na Secretaria da Educação do Ceará, uma Olimpíada de Matemática, e, com o dinheiro, fazer no país inteiro.
Aí, o ministro tinha trocado, já era Eduardo Campos, também do PSB e, hoje, governador de Pernambuco.
Campos adorou a ideia e consultou o Nunca Dantes.
O Nunca Dantes vibrou !
E deu nisso !
A maior olimpíada de Matemática do Mundo.
Esse Nunca Dantes.
Que não tem diploma …
Mas, o Padim Pade Cerra também não …
(E quando o Chico Pinheiro perguntou a ele por que a Educação em São Paulo era tão ruim, ele pôs a culpa nos “migrantes”- como o Lula …)
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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