quinta-feira, 19 de julho de 2012

Militantes tucanos são desmascarados após ataques a Haddad

Durante uma caminhada no centro, o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, foi abordado por quatro manifestantes que, com cartazes, protestavam contra a greve nas universidades federais.



Eles cercaram Haddad fingiram ser estudantes de federais

Eles cercaram Haddad e cobraram intervenção do ex-ministro da Educação na negociação do governo com os grevistas, parados há 60 dias.

O protesto relâmpago foi filmado pelo grupo, que, após o encontro, enrolou os cartazes e não continuou seguindo Haddad na caminhada.

Carregando um cartaz com o texto "Como vou pensar novo sem educação?" (alusão ao slogan "Pense novo" do PT), um dos manifestantes foi identificado como militante do PSDB. Trata-se de Marcos Saraiva, 20, "conselheiro político da juventude estadual do partido", segundo sua própria definição no Facebook.

No Twitter, ele se apresenta como "deputado federal jovem pelo PSDB-SP".

Outro manifestante é Victor Ferreira, secretário da juventude do PSDB. Contatado por telefone após o evento, chegou a dizer que não estava no ato e desligou.

Haddad interagiu com o grupo. "Quando eu estava lá [no ministério] não teve greve, companheiro", disse. "Em quanto tempo o senhor resolve? Em quanto tempo o senhor resolve?", repetiu Ferreira, sem deixar Haddad responder. "Em quanto tempo a gente pode voltar a estudar?"

Após a saída do petista, Ferreira disse aos jornalistas que Haddad "quer ganhar a eleição, mas não consegue resolver um problema com professor, não consegue fazer um Enem". Ele não quis dizer qual é seu candidato. "Não vou declarar voto porque não sou líder de nada", disse.

Ao perceber que o grupo já havia ido embora, Haddad chegou a brincar: "Cadê os meninos? Vieram só para a foto?" Depois, adotou tom diplomático: "Até respeito o pedido de ajuda, mas é difícil seis meses depois de ter deixado o governo."

Ele minimizou a possibilidade de o protesto ter sido produzido por adversários eleitorais. "Não importa. É uma questão que todo mundo quer ver resolvida."

Fonte: Folha de São Paulo

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