quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Após orientação de Dilma, governistas saem em defesa de Lula


Seguindo uma orientação da própria Dilma Rousseff de uma defesa "veemente" do ex-presidente Lula, ministros e governadores reagiram nesta quarta-feira às acusações de Marcos Valério dadas à Procuradoria-Geral da República. O mineiro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a pouco mais de 40 anos de prisão. 

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), amigo e ex-chefe de gabinete do petista, afirmou que o ex-presidente não teme os desdobramentos das acusações, mas está "profundamente indignado".
Lula abraça a presidente Dilma durante evento ontem em Paris
Lula abraça a presidente Dilma durante evento ontem em Paris   
"Ele [Lula] está sem nenhum medo, apenas profundamente indignado com a atitude desse senhor e impressionado da credibilidade que, de repente, esse que era uma espécie de fábrica de males passa a ser agora tido agora como legitimo e digno acusador. Nós sabemos que não é, infelizmente não é", disse Carvalho. Ministro e ex-presidente se falaram por telefone na manhã de terça-feira (11). 

"Fui chefe de gabinete dele durante oito anos. Sei quem entrou e deixou de entrar naquele gabinete. Esse senhor nunca pisou lá; o presidente Lula nunca avistou esse senhor. Ele erra inclusive a geografia interna [do Palácio], que é um pequeno detalhe, mas os detalhes também contam", afirmou Carvalho. 

Eis o detalhe apontado pelo ministro: No depoimento, Valério diz que esteve na Casa Civil e "subiu" até o gabinete presidencial. Contudo, a Casa Civil fica no quarto andar do Planalto e Lula despachava no terceiro andar. 

Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo também reagiu. Argumentou que o depoimento de Valério, sem apresentação de provas, não tem validade. "Parece que não foram juntadas provas que minimamente pudessem dar credibilidade ao depoimento", completou. 

"Ele fez depoimento depois que já sabia que estava condenado. Com que objetivo? Anular? Reduzir a pena? Não se pode dar credibilidade a priori numa situação como essa." 

O governador aliado do Ceará, Cid Gomes (PSB), foi em linha ainda mais dura: "Achar que um pilantra, um notório marginal possa colocar em dúvida a honra, o nome e a imagem do maior presidente da história recente. A batalha política tem limite." 

Operador da reação de governadores a pedido da própria presidente da República, o governador da Bahia, Jaques Wagner, afirmou: "Estão tentando acuá-lo para tentar diminuir o potencial de Lula como cabo eleitoral da Dilma. O que me doi nisso é ver um ataque assim a um homem que representa tanto para o povo. Não vão conseguir destruí-lo."

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