Anotem
este sobrenome: Fagali. É o elo que pode unir várias pontas do chamado
propinoduto do metrô paulista, segundo a Polícia Federal. O consultor
José Fagali Neto pode ser o chamado "homem-bomba" do escândalo. Irmão de
José Jorge Fagali, serrista e ex-presidente do Metrô na gestão tucana,
José Fagali Neto foi denunciado à Polícia Federal pela secretária Edna
Flores, que entregou aos Ministério Público estadual e federal emails
pessoais do consultor.
Nas mensagens, fica evidente o livre
trânsito da família Fagali à cúpula do tucanato. Segundo a secretária, o
engenheiro Pedro Benvenuto, atual secretário-executivo do conselho
gestor de Parcerias Público-Privadas frequentava o escritório do
consultor em 2006 e 2007, quando era coordenador de gestão da Secretaria
de Transportes Metropolitanos de São Paulo, à qual estão subordinadas o
Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Em 2006, Alckmin
era o governador. Em 2007, José Serra.
Numa dessas mensagens,
Benvenuto antecipa a Fagalli dados sobre investimentos no metrô, como o
plano de ações do setor. A secretária também apontou as ligações do
consultor José Fagali Neto com as empresas Bombardier e Tejofran, que
cresceu como um foguete na gestão Mário Covas. Ambas contrataram o
consultor para conquistar uma PPP de R$ 1 bilhão na CPTM. As duas
empresas foram denunciadas pela Siemens como integrantes do cartel do
metrô.
Suspeito de intermediar propinas da Alstom, José Fagali
Neto teve bloqueada uma conta de US$ 6,5 milhões na Suíça. O irmão,
Jorge Fagali Neto, é um dos mais próximos integrantes do núcleo
serrista.
As ligações da família Fagali com escândalos tucanos não
são propriamente uma novidade. Em 2009, reportagem de Mário Cesar
Carvalho, na Folha, denunciou o bloqueio dos recursos.
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