terça-feira, 30 de agosto de 2005

O ódio de classe da burguesia brasileira .


"A gente vai se ver livre desta raça (sic), por, pelo menos, 30 anos", disse
o senador Jorge Bornhausen (PFL). Ele merece processo por discriminação, embora no seu meio - de fascistas e banqueiros - é usual referir-se ao povo dessa maneira - são "negros", "pobres", "sujos", brutos".


"A gente vai se ver livre desta raça (sic), por, pelo menos, 30 anos" (Jorge Bornhausen, senador racista e banqueiro do PFL)


O senador Jorge Bornhausen é das pessoas mais repulsivas da burguesia brasileira. Banqueiro, direitista, adepto das ditaduras militares, do governo Collor, do governo FHC, do governo Bush, revela agora todo o seu racismo e seu ódio ao povo brasileiro com essa frase, que saiu do fundo da sua alma - recheada de lucros bancários e ressentimentos.


Repulsivo, não por ser loiro, proveniente de uma região do Brasil em que setores das classes dominantes se consideram de uma raça superior, mas por ser racista e odiar o povo brasileiro. Ele toma o embate atual como um embate contra o povo - que ele significativamente trata de "raça".


Ele merece processo por discriminação, embora no seu meio - de fascistas e banqueiros - sabe-se que é usual referir-se ao povo dessa maneira - são "negros", "pobres", "sujos", "brutos", - em suma, desprezíveis para essa casa grande da política brasileira que é a direita - pefelista e tucana -, que se lambuza com a crise atual, quer derrotar a esquerda por 30 anos, sob o apodo de "essa raça".


É com eles que anda a "elite paulista", ultra-sensível com o processo de sonegação contra a Daslu, mas que certamente não dirigirá uma palavra de condenação a seu aliado estratégico (da mesma forma que a grande mídia privada). São os amigos de FHC e de seus convivas dos Jardins, aliados do que de mais atrasado existe no Brasil, ferrenhamente unidos contra a esquerda e o povo.


Mas não se engane, senhor Bornhausen, banqueiro e racista, muito antes do que sua mente suja imagina, a esquerda, o movimento popular, o povo estarão nas ruas, lutarão de novo por uma hegemonia democrática, anti-racista, popular, no Brasil.

Muito antes de sua desaparição definitiva da vida pública brasileira, banido pelo opróbio, pela conivência com a miséria do país mais injusto do mundo, enquanto seus bancos conseguem os mairores lucros especulativos do mundo, sua gente será defintivametente derrotada e colocada no lugar que merece - a famosa "lata de lixo da história".


Não, senhor Bornhausen, nosso ódio a pessoas abjetas como a sua, não os deixará livre de novo para governar o Brasil como sempre fizeram - roubando, explorando, assassinando trabalhadores. O seu sistema, o sistema capitalista, se encarrega de reproduzir cotidianamente os que se opõem a ele, pelo que representa de opressão, de expoliação, de desemprego, de miséria, de discriminação - em suma, de "Jorges Bornhausens".


Saiba que o mesmo ódio que devota ao povo brasileiro e à esquerda, a esquerda e o povo brasileiro devotam à sua pessoa - mesquinha, desprezível, racista. Ele nos fortalece na luta contra sua classe e seus lucros escorchantes e especulativos, na luta por um mundo em que o que conte seja a dignidade e a humanidade das pessoas e não a "raça" e a conta bancária. Obrigado por realimentar no povo e na esquerda o ódio à burguesia.

Emir Sader, professor da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é coordenador do Laboratório de Políticas Públicas da Uerj e autor, entre outros, de "A vingança da História".

2 comentários:

Anônimo disse...

Inteligente o comentario do Emir, umgrande jornalista, que não se vendeu a midia morron, está a serviço da informação, sem fanatismo, fala as verdades escondidas por tráz dos bastidores da politica, que muitos não querem que venha a tona, pois revelaria a historia suja de muitos congressistas que hoje pregam a moral, pegando carona em um ato falho de um gande partido Politico que é o Partido do Trabalhadores.
Claro que muitos estão nesta carona para aparecer para a próxima campanha politica, como é notório o caso do acm neto, um burguês, filhote da ditadura, que vive em berço de ouro, do ouro que o avó professor da ladroagem tirou deste pais nos muitos anos de carreira politica.
Para roubarem unidos, acm o velho vô, ja declarou na impresa baiana que seu neto, é candidatissimo a prefeito da bahia.
Será que a bahia merece mais um ladrão?
Não sei...está na hora de fazer essa gente trabalhar, e como? não votando nele.

Anônimo disse...

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