terça-feira, 13 de setembro de 2005

13/09/2005 - 13h10

Deputado leva à CPI coronel que prendeu Genoino na ditadura

BRASÍLIA (Reuters) - O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) tentou trazer para dentro da CPI do Mensalão nesta terça-feira o coronel Lício Augusto Ribeiro Maciel, responsável pela prisão de José Genoino durante a ditadura militar.

Ex-presidente do PT, Genoino depõe na Comissão que investiga a compra de votos na base aliada por parte do governo desde o final desta manhã.

O coronel foi expulso aos berros pelo presidente da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO).
O deputado Bolsonaro disse pagou a passagem do coronel e argumentou que ele é seu convidado para assistir à CPI. O coronel disse que aceitou o convite como cidadão. Decisão é elogiada pelos parlamentares. Congressistas classificam como "tortura" a presença do coronel Maciel durante depoimento de Genoino



(Patrícia Duarte)

ONI PRESENTE:

A intenção do Deputado fica evidente, REVANCHISMO TOSCO e tortura (uma DOENÇA até hoje infestando o sangue de uns MILICOS).

A história nos conta que a maioria dos militares que participaram da Guerrilha do Araguaia foram executar um combate legítimo, cumprir a sua missão de militar, defender uma facção política e democrática de uma outra facção, vermelha, comunista — e contra isso não temos nenhuma acusação ou juízo a fazer. As tropas eram colocadas na selva, e aconteceram combates nos quais guerrilheiros foram mortos e alguns militares também. Tudo isso era normal.

O Deputado Jair Bolsonaro sabe disso — tenho certeza. Todavia, naquela época existia no Estado brasileiro um grupo de indivíduos integrantes da chamada Comunidade de Informação - OS DEDO-DURO - que extrapolou aquilo que se considera atividade de informações e enveredou pela repressão.

O Governo perdeu o controle sobre essas pessoas, que fizeram coisas abomináveis. Sabemos de vários fatos. Na Guerrilha do Araguaia, por exemplo, uma patrulha constituída por elementos da Informação saía de manhã para a selva com dois ou três prisioneiros, lá assassinava os mesmos e retornava à tarde, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Ninguém concordava com isso e jamais iremos concordar. Hoje sabemos até que essas pessoas assim o fizeram porque não tinham e talvez não tenham até hoje, algo tão necessário: Deus no coração, porque matar friamente o ser humano, o seu próximo, vai contra qualquer lei, sobretudo contra a lei de Deus.

Não estou me refirindo àquela época. O direito dos familiares sepultarem os seus mortos vem da origem da humanidade. Tanto cristãos quanto pagãos sempre zelaram pela observância da regra por intermédio da qual toda família tem o direito de dar sepultura digna àqueles que morrem. Está na hora de sepultar os nossos morto, senhor BOLSONARO!

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