quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Filho morto

Apareceu um morto na versão de Severino Cavalcanti para o cheque de R$ 7.500. O deputado pretende apresentar cópias de recibos de gráficas para justificar o que teriam sido empréstimos tomados, em 2002, por um filho seu, do empresário Sebastião Buani. O filho de Severino morreu em 2002. Essa versão da defesa do presidente da Câmara complementa o início do que já vinha sendo esboçado na parte da manhã. Sua secretária Gabriela deve contar essa versão à Polícia Federal.
Escrito por Fernando Rodrigues às 15h41


A versão de Severino

O presidente da Câmara dos Deputados trabalha para apresentar até o final do dia uma versão para rebater a acusação de mensalinho. O que poderá alegar Severino:

Data – Sebastião Buani apresentou um cheque de 2002. Antes, dizia que pagava a propina a partir de 2003. Severino vai alegar que é estranho que alguém pague propina e esqueça o período do pagamento

Cheque será apresentado como se fosse de empréstimo – O cheque foi, de fato, recebido por Gabriela, secretária de Severino. A moça está na residência de um familiar, em Brasília. O que será alegado: Gabriela dirá que não omitiu o cheque ao depor na PF. Alegará que simplesmente ninguém a perguntou sobre 2002. Além disso, a secretária dirá que o dinheiro não é para ela.

Na versão que deve ser divulgada por Severino, será sugerido que o empresário Buani fazia empréstimos cobrando juros de funcionários do Congresso. Uma pessoa –cujo nome ainda não se conhece– pediu a Gabriela para ir ao banco descontar o cheque. Essa pessoa será apresentada por Severino.
Qual a prova de que o cheque foi produto de uma operação de agiotagem? Para os assessores de Severino, uma anotação que aparece no verso do documento:
“( – 690,00)”

Esse número corresponde a 9,2% do valor total do cheque, que é de R$ 7.500.
“Esse é o percentual que se cobra na Câmara nas operações de agiotagem na Câmara”, diz um assessor de Severino.

Eis a possível defesa de Severino. Vai colar? Tem verossimilhança? Não importa. O que é importante notar é que Severino, ao que tudo indica, por enquanto, ainda não pensa na renúncia como primeira opção.

EIS OS CHQUES:







3 comentários:

Anônimo disse...

A SOCIÓLOGA PETISTA MARILENA CHAUI, DISSE EM UMA PALESTRA NO SINDICATO DE ENGENHEIROS QUE O PT É ODIADO POR SER UM PARTIDO QUE CONSTRUIU A DEMOCRACIA NESSE PAÍS. NÃO ME CONFORMO COM A CEGUEIRA POLÍTICA DESTA SENHORA. SE O PT FOSSE TÃO ODIADO, NÃO TERIA ELEITA POR DUAS VEZES A PREFEITA DA MAIOR CIDADE DO PAÍS: ERUNDINA E MARTA, NÃO TERIA ELEITO ESSE PRESIDENTE COM 54 MILHÕES DE VOTOS...QUANTO A DEMOCRACIA QUE ELA DISSE SER DO PT A PATERNIDADE...ELA SE ESQUECEU QUE SE FOSSE DEPENDER DO PT O MALUF SERIA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, POIS ESSE PARTIDO DITO DEMOCRÁTICO EXPULSOU OS PARLAMENTARES QUE VOTARAM NO TANCREDO. QUEM NÃO SE LEMBRA DA EXPULSÃO DA DEPUTADA FEDERAL (ATRIZ BETH MENDES). ESSA SOCIÓLOGA SUBESTIMA NOSSA MEMÓRIA

Anônimo disse...

O Tancredo teria sido eleito pelo povo, se dependesse do PT. Tempos idos aqueles quando o pessoal depreciava as vitórias eleitorais petistas, que o PT só ganhava eleições por voto de protesto, ou por voto útil contra o Maluf, no caso em São Paulo, diziam. Agora o PT ganhou aquelas eleições porque representava uma alternativa para o senso cívico e democrático brasileiro, racional, consciente e acima de ranços ideológicos. Ora, o PT é semelhante ao Corinthians Paulista, tão amado quanto odiado, não há como negar.

Anônimo disse...

Parabêns Nick! O jogo democrático, às vezes nos faz esquecer belos argumentos como esse!!!

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