sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

Alvaro Dias quebra decoro parlamentar

O dossiê preparado pelo senador Álvaro Dias, especialista em denúncias “vazias’ , que é integrante da CPI dos Correios, é uma cópia do relatório sigiloso entregue nesta semana pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para a CPI. Neste relatório o TCU aponta irregularidades no contrato de cessão da carteira de crédito consignado do Banco BMG para a Caixa.

Houve quebra de decoro.

A divulgação do relatório queima a imagem da Caixa. O senador vazou os dados sigilosos do relatório do TCU para se autopromover. Os próprios parlamentares deverão tomar providências contra Alvaro Dias, já que a CEF nada pode fazer neste caso. Os próprios parlamentares devem tomar esta iniciativa. Devem acionar o Conselho de Ética. O parlamentar tirou proveito político de uma operação absolutamente normal feita pela Caixa. Se o próprio legislativo não tomar iniciativa, cabe uma ação por parte do Judiciário.

O vice-presidente da CEF lembrou que o presidente do TCU, ministro Adylson Motta encaminhou dois documentos à CPI pedindo sigilo sobre os dados do relatório já que este era preliminar e não tinha sido votado dentro do Tribunal. "O relatório não passou pelo contraditório. Não foi ao pleno. O relatório reproduz exatamente as teses do dossiê do senador Alvaro Dias.

Vários bancos fizeram a mesmíssima operação e não ficaram sob suspeita. Alvaro Dias está interessado em denegrir a imagem da Caixa para no futuro, caso o PSDB retorne ao governo, levar adiante uma das propostas estudadas durante o governo Fernando Henrique Cardoso, que é a da privatização dos bancos federais. Houve uma discriminação porque a Caixa é um banco público. Houve uma ameaça de privatização antes e vai voltar a ter esta ameaça se este grupo político voltar ao poder.

Nenhum comentário:

Marcadores