Relatório confidencial da Polícia Federal com o registro dos resultados do inquérito aberto para apurar o escândalo do mensalão contém boas notícias para Lula: após oito meses de investigação, a PF não conseguiu detectar um único indício de envolvimento do presidente no caso que resultou na maior crise política do atual governo.
A depender das conclusões da PF, Lula poderá continuar sustentando na campanha eleitoral de 2006 a tese de que não sabia das irregularidades praticadas à sua volta. O trabalho da polícia reforça a versão oficial do governo: informado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) da existência do mensalão, o presidente teria pedido a dois auxiliares –Aldo Rebelo, à época ministro, e Arlindo Chinaglia, líder do governo na Câmara- que apurassem o fato.
Em depoimentos à PF, Aldo e Chinaglia disseram ter informado a Lula que a Câmara, sob a presidência do petista João Paulo Cunha (SP), abrira um procedimento na comissão de ética da Casa e concluíra pela improcedência da acusação. E ficou nisso.
A polícia já terminou a fase de investigações. Encerrou também o trabalho de inteligência. Aguarda agora a conclusão de perícias contábeis para fechar em definitivo o relatório. Uma versão parcial do documento, ainda sem os dados que estão sendo periciados, será entregue na próxima semana ao ministro Joaquim Barbosa, relator do caso no STF (Supremo Tribunal Federal). A PF pedirá a Barbosa um novo prazo de pelo menos 30 dias para incorporar aos autos o trabalho de seus peritos
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