segunda-feira, 20 de março de 2006

Míriam Leitão está desmoralizada.

Há dias atrás, antes da pesquisa do Census e do IBGE, ela cita Lula como "um presidente com popularidade em queda". De onde tirou isso? De sua cabeça anti-petista fanática, é claro. O petismo virou uma espécie de doença contagiosa da qual todos querem estar distantes. No atual jornalismo brasileiro, ser isento é ser anti-petista.

Curioso é ver que, segundo o Datafolha, o PT é o partido preferido do brasileiro. Segundo pesquisa do Datafolha, 19% dos entrevistados, ao responderem espontaneamente sobre o partido de sua preferência, citaram o PT. Comparação com outros partidos: PSDB, 4,7%; PFL, 1,9%.

O bicho que deve estar mordendo colunistas e editores dos grandes jornais, no momento, é o impressionante crescimento da popularidade de Lula entre os mais ricos e com curso superior. Merval Pereira cansou de escrever que Lula havia perdido, irremediavelmente, a classe média. Sempre que Lula demonstrava força popular, nas pesquisas semanais de opinião que acompanhavam a crise, esta força era pejorativamente creditada ao povão inculto.

Aos pobres. O Elio Gaspari e até o Angeli já escarneceram dessa tática.A oposição contava somente com o apoio da classe média para empurrar o picolé de chuchu em nossas goelas. O que estão vendo é que a mentira do mensalão não colou e todo o eleitorado de Lula que tinha se bandeado para a direita, agora voltou para Lula com força redobrada.

Segundo as pesquisas, Lula poderá ser eleito no primeiro turno se o adversario for Alkmin. Com votos de pobres, classe média e até ricos. Esgotados os argumentos éticos contra o Lula, os segmentos sociais que detestam Lula acima de tudo estão voltando aos argumentos mais chulos, racistas e preconceituosos.

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