quarta-feira, 29 de março de 2006

O PT prepara a reação

Em diálogos reservados, o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), ameaçou trazer para o plano federal o que chama de “mensalão do Geraldo Alckmin”. Refere-se ao caso noticiado pela Folha no domingo, envolvendo a Nossa Caixa, instituição financeira vinculada ao governo de São Paulo, e parlamentares da base de sustentação de Alckmin na Assembléia Legislativa de São Paulo.

Nesta segunda-feira, para tentar reduzir o impacto da denúncia, Alckmin aceitou pedido de demissão do jornalista Roger Ferreira, seu assessor de comunicação, pivô do novo caso. A cúpula do PSDB considerou equivocadas as primeiras manifestações do governador paulista sobre o episódio. Alckmin dissera no domingo que o episódio não seria investigado.

Também nesta segunda-feira, depois de um encontro com Tasso Jereissati, presidente do PSDB, Alckmin tentou emendar-se. Disse que, na verdade, o caso já foi investigado. Alckmin comete grave equívoco ao considerar como coisa do passado o episódio que compromete o seu discurso da “lavagem ética”.

O deputado estadual Afanasio Jazadji, vice-líder do PFL, afirmou ter recebido do próprio governador de São Paulo proposta de repasse de recursos publicitários da Nossa Caixa, para que deixasse de criticar o governo estadual.

"Ele nem esteve comigo”, reagiu, irritado, o governador. “E Afanasio Jazadji é da oposição, faz oposição 24 horas por dia. Estranho, né? O governo está beneficiando a oposição?"

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