quinta-feira, 1 de junho de 2006

Fundo do poço...


Os presidentes do PSDB, Tasso Jereissati, e do PFL, Jorge Bornhausen, mantiveram demorada conversa, quarta-feira, com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Marco Aurélio Mello. Pediram à Justiça Eleitoral uma investigação detalhada sobre os gastos do governo Lula com publicidade.

Serão atendidos na medida do possível, mas fica óbvio, desde logo, que ficarão frustrados se o objetivo era criar empecilhos para a candidatura Lula. Faz muito que os governos gastam muito mais com publicidade do que, por exemplo, com saneamento básico. São centenas de milhões que escorrem pelo ralo do tesouro nacional para tornar os meios de comunicação mais simpáticos, ou, pelo menos, não tão antipáticos assim.

Nas últimas décadas, apenas Itamar Franco tentou conter a enxurrada, mas, ainda assim, não obteve pleno êxito. De Luiz Inácio Lula da Silva a Fernando Henrique Cardoso, de Fernando Collor a José Sarney, sem esquecer os generais-presidentes, a orgia alcançou níveis inimagináveis. Com as estatais à frente, distribuiu-se dinheiro para valer, na maior parte das vezes sem os governos darem a mínima atenção ao retorno da publicidade. As empresas continuariam as mesmas, seu faturamento também, caso não anunciassem. Vale acrescentar que agências privilegiadas também se locupletaram, aí está o Duda Mendonça que não deixa ninguém mentir.

Indaga-se o que poderia acontecer se a torneira fosse fechada, e a resposta é trágica: muito presidente da República não se agüentaria no cargo.

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