Circula pela INTERNET, um texto da lavra de alguém que se apresenta como funcionário da Vice-Presidência de Finanças e Fiscal de um banco estrangeiro. Prefiro omitir o nome do banco e do articulista, cujo artigo caiu nas graças de um grupo que se auto-intitula “formadores de opinião dos menos esclarecidos que não tiveram a mesma sorte de estudar”.
Por aí já dá para desconfiar das intenções do grupo e de sua ideologia política. Atribuir à sorte o privilégio de estudar num país tão socialmente desigual desacredita as pessoas do grupo e o artigo que elas enaltecem.
O tal artigo do bancário (ou banqueiro?), que se diz “conhecedor da estratégia comunista”, tem como punctus dolens, aquele surrado argumento de que a rebelião nos presídios paulistas foi fomentada pelo governo petista de Brasília para desestabilizar a candidatura Alckmin, como se a manutenção da ordem em presídios estaduais fosse responsabilidade do governo federal.
Em todo caso, como estamos em plena campanha, certamente muitos leitores vão concordar com o argumento. Afinal, é preciso lançar mão de todos os recursos para fazer valer a vitória do nosso candidato.
Mas ignoram por completo, a antipatia a quem nos toma por débeis mentais. Acreditar que o PT, com absoluta vantagem sobre o candidato das trevas, necessite promover badernas e atentados em São Paulo, é sem dúvida atestar que somos indolentes intelectuais.
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