Alckmin leva bronca pública de Frossard e cativa um tipo de eleitor que "nem se lembra em quem votou em 2002 para Presidente."
Minutos depois de declarar querer o apoio dos eleitores do PMDB, o postulante do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, ouviu, impassível e sorrindo, uma aliada, a concorrente do PPS ao governo fluminense, Denise Frossard, responsabilizar o governo peemedebista local pela criminalidade e repudiar a eventual aproximação.
A cena, carregada de mal-estar, aconteceu no Centro de Convivência Marcelino D'Almeida, entidade de assistência a idosos mantida por um vereador em Padre Miguel, na Zona Oeste da capital, que o tucano foi conhecer ontem.
Funk - Sempre acompanhado do candidato a vice-presidente, senador José Jorge (PFL-PE), do deputado Roberto Freire (PPS-PE), e do líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia, filho do prefeito, Alckmin se deslocou para a comunidade Jardim Moriçaba, em Campo Grande, também na Zona Oeste.
Ali, conheceu as melhorias introduzidas pelo Favela-Bairro, programa de urbanização da prefeitura, percorrendo as ruas e cumprimentando eleitores acompanhado de cabos eleitorais de candidatos a deputado, muitos vestidos com camisetas idênticas, ao som de funk. "Lindo! Lindo! Lindo! É o bonde do Natalino", entoavam alguns jovens, fazendo propaganda de um postulante à Assembléia Legislativa.
Nos dois eventos, o candidato a presidente aproveitou para repetir alguns dos seus bordões de campanha, como "o jovem não pode ter medo do futuro" e "o Brasil pode andar mais rápido" e atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Quero dizer hoje aqui que o governo federal, que o governo Lula, está devendo satisfação à sociedade brasileira", disse, em discurso em Jardim Moriçaba.
FOLHA DE BANANEIRA
A passagem de Alckmin pelo local foi observada atentamente por alguns jovens postados em lajes das casas. "Vou votar nele", disse a dona de casa Lourdes Pereira, de 63 anos, que foi cumprimentada pelo candidato na porta de sua residência, na Estrada Moriçaba e declarou não lembrar de quem votou para presidente em 2002. "Sou igual a folha de baneira, vou para onde toca o vento. Eu voto em quaquer um que aparecer por aqui."
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