terça-feira, 18 de julho de 2006

PROMESSA É DÍVIDA


Novos ataques do PCC em São Paulo expõem as falhas do governo tucano

Por Phydia de Athayde

Enquanto durou a Copa do Mundo, as tevês de plasma encomendadas e entregues pela organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) nos presídios paulistanos ajudaram a manter todos, criminosos presos ou soltos, governantes, candidatos e cidadãos comuns, com a ilusão de que estava tudo sob controle no sistema penitenciário do maior estado do País. Não estava. E não só em São Paulo. O colapso do sistema prisional é uma questão nacional, com reflexos em diversos estados.


Em chamas.

Suzano, no interior, também foi atingida em ações bem coordenadas
Nos últimos 30 dias, uma escalada de assassinatos de 15 servidores públicos, entre agentes penitenciários, carcereiros e policiais, voltou a chamar a atenção para a situação nos presídios paulistas. O símbolo máximo é a Penitenciária Estadual de Araraquara (uma das 19 unidades semidestruídas nas rebeliões ocorridas em maio), onde, desde um novo levante em 17 de junho, há 1.550 presos amontoados num único pavilhão em condições subumanas. A única porta de acesso à área de 600 metros quadrados está lacrada por fora. A comida chega em panelões içados por cordas até o pátio, onde há feridos esparramados, cercados pelos que ainda estão em pé.

Na noite da terça-feira 11, a polícia paulista soube, através de escutas de celulares de presos, de uma nova ordem do PCC para retomar ataques no estado. Durante toda a quarta-feira, ações atingiram a capital paulista e 10 cidades do interior: 8 pessoas foram mortas, mais de 100 ônibus incendiados e 12 agências bancárias, 2 supermercados, 1 concessionária de carros e 1 loja de eletrodomésticos sofreram ataques (de tiros, bombas ou foram incendiados).

Com ônibus em chamas pela capital, até na boêmia Vila Madalena, a maior parte das empresas recolheu seus carros. Quem depende de transporte público penou para voltar para casa. Já era madrugada de quinta-feira (13 de julho), e muitos pontos de ônibus estavam, ainda, cheios de gente sem saber como chegar em casa.

Desta vez, os ataques não provocaram o mesmo pânico de maio. Na quinta-feira, mesmo com apenas uma fração da frota de ônibus circulando, e o dobro de congestionamento, a cidade não parou.

Um comentário:

Anônimo disse...

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