terça-feira, 18 de julho de 2006

Serra afina e diz que não associou PT ao PCC



O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, recuou ontem e disse que não associou o PT aos atentados promovidos pelo PCC no Estado. Na quinta-feira passada, ao ser questionado se concordava com as insinuações do presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), de que há um elo entre a facção criminosa PCC e o PT, o tucano afirmou:

"Basta você olhar os manifestos do crime organizado, o que eles dizem sobre a política, coisas que se diz que eles [criminosos] dizem, inclusive nas gravações. É fato que uma das cooperativas de perueiros em São Paulo é ligada ao ex-secretário de transportes de São Paulo [Jilmar Tatto, durante a administração de Marta Suplicy]. Chegou-se, inclusive, a ser pedida a prisão dele. Há ligações notórias com esse pessoal".

Ontem, Serra negou que tivesse relacionado o PT ao crime organizado. "Eu não disse que era o PT. Eu só disse que achava estranho o que estava acontecendo", afirmou. O tucano também disse que a troca de ataques não era a melhor maneira de lidar com o problema. "Não se pode fazer disso [a crise de segurança] um jogo eleitoral. Mas quem começou esse jogo foram eles [o PT]."

Em campanha em Franco da Rocha e Francisco Morato (Grande SP), Serra destoou do tom do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, que na semana passada disse que o Planalto discrimina Estados que não fazem parte de sua base aliada na liberação de recursos. "Ele acha que o dinheiro é do PT. É uma confusão entre partido e governo. Quem não é de seu grupo ele persegue", disse Alckmin, na sexta.

Questionado se o atraso de obras de infra-estrutura no Estado era culpa do governo federal, Serra afirmou que o envio de recursos depende do projeto e que, enquanto foi prefeito de São Paulo, não sofreu perseguição política do Planalto.

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