quinta-feira, 10 de agosto de 2006

O Exército nas ruas?



BRASÍLIA - O recrudescimento da ação do crime organizado em São Paulo, na madrugada de segunda-feira, levou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a procurar o governador Cláudio Lembo e oferecer pela última vez a mobilização de tropas do Exército para policiar as ruas da capital do estado.

Fala-se em oferecer pela última vez porque, na próxima, que pode acontecer ainda hoje ou amanhã, se os atentados contiuarem, o Exército irá para as ruas com ou sem o consentimento do governador. A situação chegou ao limite máximo de temperatura e pressão. Não dá mais para ser resolvida através desse diálogo de surdos.

Registrados, os mais de cinqüenta atentados verificados até agora levam Brasília ao limiar da ação armada, apesar dos desmentidos de sempre. Bombas, ataques a bancos, a postos policiais, a postos de gasolina e a supermercados, além da queima de ônibus e até de vagões do metrô caracterizam a necessidade imediata de uma reação.

Para o Palácio do Planalto, não é mais possível a autoridade pública deixar a população exposta a essas expressões de animalidade. As Forças Armadas dispõem da prerrogativa constitucional de manter a ordem.

Como ficará o poder público se novas ondas de violência acontecerem?

Vamos aguardar para ver. Desta vez o governo federal cumprirá suas obrigações e agirá para valer.

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