O tucano chegou, sob forte sol, teve seu carro cercado por jovens e senhoras como Maria Adélia, dona de casa de 67 anos.
"Vim mesmo com essa quentura na cabeça porque nessa semana é importante dar um apoio. Minha família é de Pindamonhangaba e eu conheço bem a história dele", disse ela, costas levemente curvadas, ao se referir à cidade de origem de Alckmin.
Quatro dias antes das eleições, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, negou que tenha deixado um rombo de 1,2 bilhão de reais nas contas do Estado de São Paulo.
"Vim mesmo com essa quentura na cabeça porque nessa semana é importante dar um apoio. Minha família é de Pindamonhangaba e eu conheço bem a história dele", disse ela, costas levemente curvadas, ao se referir à cidade de origem de Alckmin.
Quatro dias antes das eleições, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, negou que tenha deixado um rombo de 1,2 bilhão de reais nas contas do Estado de São Paulo.
Saco sem fundo
Na edição desta quarta-feira do jornal Folha de S.Paulo, o governador Cláudio Lembo (PFL), aliado de Alckmin, confirmou o déficit, que teria impedido novos investimentos neste ano.
"Não há nenhum rombo. São ajustes naturais, todo final de ano ocorrem. Pode ter certeza que São Paulo vai fechar o ano mais uma vez com déficit público zero", disse Alckmin a jornalistas no heliponto de Carapicuiba, na região metropolitana da capital paulista.
Mais tarde, o secretário paulista de Economia e Planejamento, Fernando Braga, disse, por meio de nota, que a informação "não condiz com a verdade" e que, na verdade, Alckmin assinou, em março, ainda governador, um decreto de contingenciamento no valor de 1,5 bilhão de reais.
Para o candidato, que disse não ver efeitos eleitorais na notícia, Lembo tomou "medidas preventivas" ao diminuir o ritmo dos investimentos, já que não se sabe qual será a arrecadação do governo paulista no fim do ano.
Depois de uma tumultuada caminhada no centro de Carapicuiba, Alckmin disse que o escândalo do dossiê não beneficiou sua candidatura.
"Ela já vinha num crescimento importante e campanha se decide perto da data da eleição", afirmou ele, que tenta evitar a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, já no primeiro turno.
Sobre o debate dos candidatos ao governo paulista, realizado na noite de terça-feira, Alckmin disse que o evento não deve alterar o resultado da eleição e que seu sucessor no Palácio dos Bandeirantes será o tucano José Serra.
RECEPÇÃO QUENTE O atraso de mais de uma hora e meia do ex-governador de São Paulo para o único evento público previsto para esta quarta-feira não arrefeceu o ânimo das centenas de eleitores que se espremiam no local à espera dele.
Outros se esforçaram para trazer mais militantes, como a pedagoga Maria Lúcia do Nascimento, que levou alunos de 7 a 12 anos da escola que possui na região. Cada um das cerca de 20 crianças tinha uma bandeirinha na mão. segundo ela, teriam ido ao local por vontade própria.
Alckmin, que foi acompanhado pelo prefeito da cidade, o também tucano Fuad Chucre, e vereadores paulistanos, teve uma recepção tão calorosa que quase criou confusão entre os eleitores, com empurra-empurra e algumas pessoas caindo ao chão. Depois o clima se amenizou, mesmo quando os tucanos passaram por um grupo de pelo menos 15 petistas que faziam campanha para Lula e para o candidato do PT ao governo paulista, Aloizio Mercadante.
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