terça-feira, 26 de setembro de 2006

Em Minas, diferença entre Lula e Alckmin chega a 30 pontos


Nem mesmo o favoritismo do candidato do PSDB à reeleição, Aécio Neves, para o governo de Minas Gerais conseguiu alavancar a campanha para presidente de Geraldo Alckmin, também do PSDB, no Estado.
Eduardo Kattah





BELO HORIZONTE - Nem mesmo o favoritismo do candidato do PSDB à reeleição, Aécio Neves, para o governo de Minas Gerais conseguiu alavancar a campanha para presidente de Geraldo Alckmin, também do PSDB, no Estado. A diferença entre as intenções de voto para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, e Geraldo Alckmin chega a 30 pontos porcentuais em Minas Gerais, de acordo com pesquisa do Instituto EMData, publicada nesta terça-feira pelo jornal Estado de Minas.

Conforme o levantamento, realizado de 21 a 23 de setembro, Lula alcançou 53% das intenções de voto, contra 23% de Alckmin. A pesquisa revela também que a candidatura de Lula apresenta uma curva ascendente no Estado, o segundo maior colégio eleitoral do País.

Na primeira pesquisa do Instituto RMData, realizada entre 25 e 28 de junho, Lula tinha 49% da preferência do eleitorado, mas caiu para 47% no levantamento seguinte, realizado de 8 a 10 de agosto. Na terceira pesquisa - de 12 a 14 de setembro -, o petista subiu para 50% e agora tem 53%. Lula, porém, oscilou dentro da margem de erro, que é de três pontos porcentuais para mais ou para menos. O mesmo ocorreu com a candidatura de Alckmin, que na última pesquisa tinha 25% das intenções e agora aparece com 23%.

Nas últimas semanas, o presidenciável tucano intensificou as viagens a Minas na companhia do governador Aécio Neves. A expectativa de Alckmin era melhorar seu desempenho no Estado, pegando carona na altíssima popularidade do governador mineiro.


Análise
O diretor do EMData, o cientista político Adriano Cerqueira, disse ao Estado de Minas que a intenção de voto em Lula está "bem consolidada" em Minas. Ele lembrou que a candidatura petista já sofreu impactos fortes e não foi abalada no Estado pelos sucessivos escândalos políticos, inclusive a crise deflagrada a partir da descoberta de envolvimento de petistas na montagem e compra de um dossiê contra candidatos do PSDB.

"O candidato Lula continua em uma situação muito confortável e há uma tendência de que isso continue", afirmou Cerqueira. De acordo com a última pesquisa, o presidente lidera em todas as regiões mineiras e em diversas faixas de renda, mas sua vantagem é maior entre os mais pobres.


Dados da pesquisa
Foram entrevistadas 1,1 mil pessoas em 52 municípios de Minas. A candidata do PSOL, Heloísa Helena, aparece em terceiro lugar, 6% da preferência do eleitorado mineiro, seguida por Cristovam Buarque (PDT), com 1%. Não sabem somam 11% e Não responderam, 5%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 19.063/2006.

Um comentário:

Anônimo disse...

É a TV Globo e o IBOPE e não o PT que estão precisando de uma refundação.

Engraçado como a direita, experte em tirar o dela da reta e, ainda por cima transformar-se em vítima, não dão o braço a torcer.

Os portais UOL (ckmin), Folha Online e Globo, com seu vergonhoso manchetismo, dizem que o Geraldo disparou. É verdade. Ele cresceu 8 pontos. Desde quando crescer 8 pontos durante um mês é disparar? Dão a entender, pelo na manchete, que o crescimento de 8 pontos foi devido ao caso dossiê anti-Serra. Na verdade o Geraldo crescu 8 pontos durante um mês. Desde quando isso é disparar? Só se for em direção ao abismo.

Estes jornais me provocaram muita ansiedade é enxaqueca por conta de um noticiário que beira a fraude.

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