Fernando Rodrigues, da Folha, alega, mesmo negando com todas as "letras" o poder de persuasão dos internautas, que, mesmo havendo mobilização e protestos, quem nos salvou foi o Supremo.
Alega o jornalista que desmerece o poder dos internautas, que "de fato, muitos brasileiros protestaram mandando e-mails contra os congressistas que desejavam aumentar os salários em 91%. Houve algumas (pequenas) manifestações de rua, sobretudo nas cerimônias de diplomação, anteontem.
Alega o jornalista que desmerece o poder dos internautas, que "de fato, muitos brasileiros protestaram mandando e-mails contra os congressistas que desejavam aumentar os salários em 91%. Houve algumas (pequenas) manifestações de rua, sobretudo nas cerimônias de diplomação, anteontem.
Mas, sejamos francos: quem salvou a pátria foi o Supremo Tribunal Federal ao derrubar o reajuste pelos defeitos legais do ato administrativo do Congresso (que, aliás, nem assinado ainda estava)".
"Às vezes, temos de agradecer pela incompetência legislativa de nossos deputados e senadores. Se eles tivessem tido cuidado na semana passada fazendo tudo como manda a lei, o aumento estaria valendo e viraria história depois dos feriados de final de ano".
Apesar do "jornalista" desmerecer o poder dos internautas e querer puxar a sardinha para o STF, que não fez MAIS DO QUE A OBRIGAÇÃO, a premissa continua sendo o absurdo que deputados e senadores pretenderem passar de R$ 12 para 24 mil mensais, fora o monte de outras mordomias. Mas está faltando um termo nessa conta.
"Às vezes, temos de agradecer pela incompetência legislativa de nossos deputados e senadores. Se eles tivessem tido cuidado na semana passada fazendo tudo como manda a lei, o aumento estaria valendo e viraria história depois dos feriados de final de ano".
Apesar do "jornalista" desmerecer o poder dos internautas e querer puxar a sardinha para o STF, que não fez MAIS DO QUE A OBRIGAÇÃO, a premissa continua sendo o absurdo que deputados e senadores pretenderem passar de R$ 12 para 24 mil mensais, fora o monte de outras mordomias. Mas está faltando um termo nessa conta.
Houve mobilização e protestos, tudo bem, atente-se para o fato do Supremo Tribunal Federal ter decidido em tempo recorde sobre a obrigação do Congresso realizar votação nominal e aberta para elevar os próprios vencimentos? Por que isso, se estávamos no dia 19 de dezembro?
Ora, seria essa a última reunião da casa. Autoconcederam quinze dias de folga, os Meritíssimos, sob que motivo? Em especial quando se sabe que durante todo o mês de janeiro estarão fechadas as portas do Supremo. E depois, em julho.
STF também tem privilégios
Mas tem mais. Os ministros da mais alta corte nacional de justiça recebem R$ 24 mil mensais, querem passar para 26 mil. Dispõem de carro oficial com motorista, compraram os próprios apartamentos funcionais de 800 metros quadrados a preço de banana podre e juros subsidiados. Estão certos quando criam dificuldades para os parlamentares se locupletarem, mas, olhando-se no espelho, verão o quê, senão privilégios?
Argumenta-se que trabalham muito, e é verdade. Perto de cem mil processos atravancam seus gabinetes, mas sabiam disso quando aceitaram o convite dos presidentes da República que os indicaram. É muito, R$ 24 ou 26 mil mensais? Talvez nem tanto, comparando-se com o que luminares do Direito ganhariam em seus escritórios privados de advocacia. Ou se cotejados seus vencimentos com milhares de diretores das mais diversas empresas privadas.
O diabo é quando se verifica estar o salário mínimo em R$ 350 lutando as centrais sindicais para elevá-los a R$ 380 ou R$ 400 - a mesma merreca, se for para o trabalhador sustentar sua família. Em suma, o Supremo Tribunal Federal não fechou totalmente as portas para deputados e senadores receberem o mesmo que eles. Apenas exigiu que cada um ponha o pescoço de fora e assuma a mesma contradição existente entre cidadãos de primeira e de segunda classe...
Ora, seria essa a última reunião da casa. Autoconcederam quinze dias de folga, os Meritíssimos, sob que motivo? Em especial quando se sabe que durante todo o mês de janeiro estarão fechadas as portas do Supremo. E depois, em julho.
STF também tem privilégios
Mas tem mais. Os ministros da mais alta corte nacional de justiça recebem R$ 24 mil mensais, querem passar para 26 mil. Dispõem de carro oficial com motorista, compraram os próprios apartamentos funcionais de 800 metros quadrados a preço de banana podre e juros subsidiados. Estão certos quando criam dificuldades para os parlamentares se locupletarem, mas, olhando-se no espelho, verão o quê, senão privilégios?
Argumenta-se que trabalham muito, e é verdade. Perto de cem mil processos atravancam seus gabinetes, mas sabiam disso quando aceitaram o convite dos presidentes da República que os indicaram. É muito, R$ 24 ou 26 mil mensais? Talvez nem tanto, comparando-se com o que luminares do Direito ganhariam em seus escritórios privados de advocacia. Ou se cotejados seus vencimentos com milhares de diretores das mais diversas empresas privadas.
O diabo é quando se verifica estar o salário mínimo em R$ 350 lutando as centrais sindicais para elevá-los a R$ 380 ou R$ 400 - a mesma merreca, se for para o trabalhador sustentar sua família. Em suma, o Supremo Tribunal Federal não fechou totalmente as portas para deputados e senadores receberem o mesmo que eles. Apenas exigiu que cada um ponha o pescoço de fora e assuma a mesma contradição existente entre cidadãos de primeira e de segunda classe...
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