quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Nhanderu Marangatu, um ano depois...



Por RESISTÊNCIA INDÍGENA

Há um ano atrás, no dia 15 de dezembro de 2005, a comunidade Guarani Kaiowá de Nhanderu Marangatu, no extremo sul de Mato Grosso do Sul, foi despejada de suas terras por um forte aparato da Polícia Federal.

A área em litígio entre fazendeiros da região e os indígenas havia sido homologada como terra indígena naquele ano pelo presidente Lula. No entanto, uma decisão do então presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, suspendeu a homologação, permitindo que os fazendeiros obtivessem uma liminar de reintegração de posse.

Expulsos de suas terras os/as Guarani Kaiowá passaram a viver na beira da estrada MS 384, à época uma estrada de terra. Não bastasse as péssimas condições de vida na estrada, na véspera de Natal um membro da comunidade, Dorvalino Rocha, é assassinado por um segurança particular contratado pelo fazendeiro Pio Silva. Dorvalino buscava colher mandiocas em sua terra.

A injustiça é duramente sentida pela comunidade. O processo no STF que irá definir definitivamente a posse da terra até hoje não foi julgado. No caso do processo criminal sobre a morte de Dorvalino, foi acusado somente o segurança Juan Carlos Jimenez, que em depoimento na semana passada em Ponta Porã alegou legitima defesa, sendo preso e solto em seguida.

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