Empreiteira escavava estação com explosivos para acelerar obras
Porquê acelerar?
Tem eleições para a prefeitura por aí.
O método empregado na construção da estação Pinheiros da linha 4-amarela do metrô, onde houve um megadesabamento nesta sexta-feira, usa explosivos e foi adotado pelas empreiteiras responsáveis --com o consentimento do Metrô de São Paulo-- no lugar da técnica previamente acertada em contrato. O intuito era acelerar as obras.
Em 2003, quando o edital da concorrência para a construção da linha 4 foi elaborado, a técnica que usa explosivos --chamada NATM (New Austrian Tunneling Method) e conhecida como túnel de mineração-- havia sido considerada inadequada, conforme denunciou uma reportagem da de um grande Jornal de São Paulo, publicada em dezembro de 2004.
Acidente?
Segundo a assessoria de imprensa da Odebrecht, o acidente ocorreu durante a escavação da metade inferior da estação Pinheiros, cujo formato é o de um cilindro de dez metros de diâmetro. Seis operários escavam a área com uma retroescavadeira, a aproximadamente 30 metros de profundidade, quando perceberam que uma das paredes estava ruindo.
Houve tempo hábil para os seis operários deixarem o local, e nenhum deles ficou ferido. De acordo com a empresa, os funcionários recebem treinamento para escapar da obra em situações deste tipo.
Para a Odebrecht, a parede ruiu devido à instabilidade do solo às margens do rio Pinheiros que não podia ser prevista.
Por telefone, a reportagem entrou em contato com o engenheiro responsável pela obra, Fábio Gandolfo, mas ele informou que estava em reunião e não comentaria o acidente e orientou a reportagem da Folha Online a procurar a Odebrecht.
Histórico
Em dezembro de 2005, o solo cedeu nas proximidades de um canteiro de obras da linha 4, e cinco casas ficaram comprometidas. Os moradores tiveram que ser levados para hotéis, e os imóveis foram reconstruídos.
Logo no começo de 2006, 4.000 casas do Jardim América ficaram sem telefone durante mais de três dias, por causa de uma escavação feita pelo Metrô na esquina da rua Oscar Freire com a avenida Rebouças. Os cabos telefônicos foram atingidos quando técnicos realizavam uma medição do nível de água no subsolo.
Em abril, oito casas da rua João Elias Saada, também em Pinheiros, foram interditadas por conta de uma fissura encontrada em outro túnel da linha 4. Os imóveis não chegaram a ser danificados, mas os moradores permaneceram em hotéis por alguns dias.
Em outubro, o operário José Alves de Souza, 56, morreu atingido por um desplacamento de terra, em um túnel de 23 metros de profundidade, nas obras da futura estação Oscar Freire do Metrô. Foi o primeiro acidente com morte nas obras da linha 4 do Metrô.
Segundo a assessoria de imprensa da Odebrecht, o acidente ocorreu durante a escavação da metade inferior da estação Pinheiros, cujo formato é o de um cilindro de dez metros de diâmetro. Seis operários escavam a área com uma retroescavadeira, a aproximadamente 30 metros de profundidade, quando perceberam que uma das paredes estava ruindo.
Houve tempo hábil para os seis operários deixarem o local, e nenhum deles ficou ferido. De acordo com a empresa, os funcionários recebem treinamento para escapar da obra em situações deste tipo.
Para a Odebrecht, a parede ruiu devido à instabilidade do solo às margens do rio Pinheiros que não podia ser prevista.
Por telefone, a reportagem entrou em contato com o engenheiro responsável pela obra, Fábio Gandolfo, mas ele informou que estava em reunião e não comentaria o acidente e orientou a reportagem da Folha Online a procurar a Odebrecht.
Histórico
Em dezembro de 2005, o solo cedeu nas proximidades de um canteiro de obras da linha 4, e cinco casas ficaram comprometidas. Os moradores tiveram que ser levados para hotéis, e os imóveis foram reconstruídos.
Logo no começo de 2006, 4.000 casas do Jardim América ficaram sem telefone durante mais de três dias, por causa de uma escavação feita pelo Metrô na esquina da rua Oscar Freire com a avenida Rebouças. Os cabos telefônicos foram atingidos quando técnicos realizavam uma medição do nível de água no subsolo.
Em abril, oito casas da rua João Elias Saada, também em Pinheiros, foram interditadas por conta de uma fissura encontrada em outro túnel da linha 4. Os imóveis não chegaram a ser danificados, mas os moradores permaneceram em hotéis por alguns dias.
Em outubro, o operário José Alves de Souza, 56, morreu atingido por um desplacamento de terra, em um túnel de 23 metros de profundidade, nas obras da futura estação Oscar Freire do Metrô. Foi o primeiro acidente com morte nas obras da linha 4 do Metrô.
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