sábado, 26 de maio de 2007

Erro GROTESCO

Garoto de 13 anos é morto durante simulação policial em MT

Veja, amigos leitores, como são as coisas no Brasil: A PM de MT resolveu promover um "festa" para demonstrar para a população de Rondonópolis, a "eficiência" desses homens. Tratava-se de um "treinamento" de um sequestro simulado, com refens em cima de uma árvore e soldados fazendo a vez de bandidos. Na ação,um imbecil atirou e matou um garoto de 13 anos. Polícia acredita que um PM tenha usado munição verdadeira, por engano, na ação


CUIABÁ - O estudante Luis Henrique Dias Bulhões, de 13 anos morreu neste sábado, 26, vítima de tiros disparados por um policial militar em Rondonópolis, em Mato Grosso. Os disparos foram feitos durante apresentação da PM no Mutirão da Cidadania, no bairro Jardim das Flores, periferia da cidade.

A ação social contava com a presença do prefeito, Adilton Sachetti (PR). Ao menos nove pessoas ficaram feridas pelos disparos que deveriam ser feitos com balas de festim. Cerca de 500 pessoas estavam no local onde deveria ocorrer uma simulação feita pelos policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE), envolvendo um hipotético seqüestro em ônibus com reféns. Sete soldados e um oficial que participaram da ação vão responder inquérito aberto para apurar as circunstâncias do acidente.

Testemunhas e a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública relataram que um grupo de PM estava numa árvore para negociar a libertação simulada de um refém que estava no ônibus. O outro grupo de PMs, que seriam os ´bandidos´, revidaram atirando contra os soldados. Foi uma dessas armas, com bala verdadeira, que matou o menor na simulação.

Todas as armas foram recolhidas para perícia. A morte do menor causou revolta na população da cidade. Antes da chegada da Polícia Civil para registrar a ocorrência, a cena do crime foi descaracterizada. O ônibus, as pessoas e as armas não estavam mais no local.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que algum dos policiais militares colocou, por engano, munição real em sua arma no lugar da munição de festim. O comandante-geral da PM, coronel Benedito Campos Filho, deslocou-se para Rondonópolis e só deveria se manifestar sobre a tragédia no começo da noite. A nota diz ainda que as armas utilizadas foram recolhidas para serem periciadas. E que um delegado da Policia Civil já está investigando o caso.


Investigação
Em entrevista à imprensa o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), disse que abriu investigações sobre a simulação da PM e determinou que os policiais envolvidos na tragédia fiquem detidos em um quartel para averiguação. O procurador-geral de Justiça do Estado, Paulo Prado, foi convocado para acompanhar o caso.

Para o governador, pode ter ocorrido negligência dos policiais. Ele disse que pediu apuração rigorosa dos fatos e que agora é preciso "averiguar de quem foi a culpa". "Agora precisamos apurar, prestar solidariedade às vítimas e corrigir os procedimentos para que isso nunca mais ocorra", afirmou o governador.

Das nove pessoas atingidas pelos disparos da PM, entre elas seis crianças, cinco foram liberadas: Lindersan da Conceição, 9; Gislaine Karine Pereira, 11; Franciele Lopes Ferreira, 12; Ellen Karine Mendes da Silva, 13; e Maria Aparecida do Nascimento, 78.

Continuavam internados: César Arruda Batista, 10; Jéssica Gonçalves Silva, 9; a professora Purcina Adriano Ferreira, 33; e o policial militar Gilberto Carlos, 29. Os policiais estão detidos.

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