quarta-feira, 23 de maio de 2007

LEITÃO ENCRENCADO


O prefeito de Sinop, Nilson Leitão (PSDB) está cada vez mais encrencado na Operação Navalha que foi desbaratada na última quinta-feira pela Polícia Federal. Segundo as apurações feitas pela PF o prefeito, que foi coordenador das campanhas do ex-senador Antero Paes de Barros ao Estado de Mato Grosso em 2006 e do ex-governador Geraldo Alckmin, à presidência, sabia de todo o esquema da Gautama e participava ativamente. O prefeito vai depor na segunda-feira em Brasília, onde está preso e dificilmente escapará de uma punição severa.

Parecer de uma empresa de engenharia apontou que estava superestimado em cerca de R$ 20 milhões o orçamento para a implantação do sistema de esgoto de Sinop.

De acordo com investigações da Polícia Federal, a licitação da obra foi direcionada para a construtora Gautama em troca de propina de R$ 200 mil para o prefeito Nilson Leitão (PSDB).

Os gastos previstos com a rede foram estimados em R$ 46,7 milhões -- dos quais cerca de R$ 37 milhões viriam de empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o restante de verba municipal.

Segundo a análise paralela, encomendada por vereadores da cidade em 2005, a obra poderia ser construída com aproximadamente R$ 27 milhões.


As obras ainda não começaram. O contrato com a Gautama foi assinado no dia 19 de março deste ano -- quando Zuleido Soares Veras, dono da empresa, foi até a cidade para um ato público.

Os vereadores opositores afirmaram ainda que Jair Pessine, ex-secretário de Desenvolvimento Urbano da cidade e também preso na operação de anteontem, esteve apenas os dois primeiros anos da cidade, sempre morando em um hotel, e que ele foi embora logo depois do empréstimo ao BNDES ter sido acertado.

Pessine tem uma fazenda no norte de Mato Grosso, mas mora hoje em São Paulo.

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